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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ministro da Educação não ficou satisfeito com resultado da ANA

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou, nesta terça-feira (15), que os resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) “não são uma história de sucesso”. A declaração foi dada durante uma palestra em um fórum de educação promovido pela editora Abril, na Zona Oeste de São Paulo.

Janine também confirmou que os dados serão divulgados na quinta-feira (17). Esta será a primeira divulgação de resultados da ANA após o Pacto pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), assinado pela presidente Dilma Rousseff, em 2013. “Vamos ter a condição de comparar com o anterior e vamos dizer que os dados não são uma história de sucesso”, lamentou.

"O bom é que eles [dados] apontam o que devemos fazer. Apontam onde estão os problemas", amenizou o ministro. De acordo com ele, o número de crianças brasileiras de até 8 anos que se enquadra apenas nos níveis 1 e 2 de alfabetização, em uma escala que vai até 4, é preocupante.

"Nós temos desafios enormes. Temos um país que tem uma deficiência nesse tocante que é muito grande. Porém, nós temos as condições de ir, mesmo num período de recursos econômicos limitados, construindo os fundamentos para quando os recursos voltarem a bombar", completou.

Meta preocupa
 
Segundo Janine, a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE), justamente a que trata sobre a alfabetização de crianças, é a que mais preocupa devido a sua "aparente falta de ambição", como classificou o ministro.
 
A meta 5 determina que as crianças brasileiras têm de alcançar a alfabetização, que inclui também o conhecimento básico dos numerais, até o 3º ano do ensino fundametal. Ou seja, até a idade média de 8 anos. A estimativa foi definida como "modesta" por Janine.

"Basicamente, as pessoas de classe média e classe rica colocam seus filhos em escolas que alfabetizam bem antes dos 8 anos", explicou.

Edição de 2015 cancelada
 
Alegando motivos econômicos, o Ministério da Educação (MEC) resolveu cancelar a edição deste ano da ANA. O anúncio foi feito em julho. Em 2014, aproximadamente 2,9 milhões de alunos do 3º ano do fundamental realizaram a prova que avalia a qualidade do ensino na rede pública nacional. O custo da aplicação aos cofres públicos foi de R$150 milhões.
 
Criada em 2013, a ANA seria realizada anualmente, fazendo um diagnóstico da alfabetização dos alunos com testes de português e matemática. Diferentemente da Prova Brasil, a avaliação não é levada em conta no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb).

Fonte: G1

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