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quinta-feira, 7 de julho de 2016

A eleição 2016: Um povo agonizante

A eleição já começou em Portel. Não digo isso se referindo ao processo oficial de abertura que vai acontecer somente no dia 16 de agosto, mas à guerrinha iniciada nos bastidores, de ferrenhos interesses.

Imagina que numa reunião a palavra inicial de um líder foi: "Tem alguma puta aqui?". Ele se referia não às putas da vida que vendem seus corpos por necessidades diversas, entre as quais o dinheiro. Não. O líder, diante de uma platéia animada, acabou explicando que sua referência à profissão mais antiga do mundo não era exatamente o que a princípio se percebeu, mas ao ato de ser traidor, de se vender a qualquer custo.

Embora os fatos se desenrolassem dias depois, o que se viu foi as suas próprias palavras se voltarem contra si mesmo, pois resultou que ele mesmo se precipitou e tomou rumos que as cifras indicaram. Não quero aqui dizer que sua vocação seja essa, talvez ele tenha suas próprias explicações para uma atitude que gerou desconfianças ate agora insanáveis.

Na semana passada, Pedro Barbosa emitiu 5 mil cartas que chegaram aos mais distantes locais de Portel que, pelo seu tamanho, leva mais tempo do que pra chegar a capital do Pará, Belém. Sua reação foi em decorrência de campanha acirrada sobre sua impossibilidade de ser candidato à prefeitura de Portel. Na carta, termos como "traição", "ingratidão", demonstram claramente que Pedro passa a mensagem de que na política só vale a palavra do homem e que traição pode ter um alto preço. Assisto de longe, pois não fui convocado ao exército de Pedro Barbosa, um homem que dispõe, sem ser candidato, de pelo menos mil e quinhentos votos só em ser o Pedro Barbosa, aquilo que na política chamamos de SALDO POLÍTICO.

Há, entretanto, outros candidatos, aos quais desejo sorte. Por quê? Porque administrar cidades do Marajó é um risco de acabar atolado em dívidas e, cabalmente, acabar na lista dos FICHAS SUJAS, sobretudo porque há necessidade de fazer maracutaias inacreditáveis para cumprir com as obrigações impostas ao gestor, principalmente com um exército de pais de família desempregado e um mundão de pedintes com fome. Só pra reforçar, um amigo pretendeu ser candidato e, de repente, 50 pessoas diariamente se postavam à frente de sua casa, pedindo frango, dinheiro, remédio, advogado pra tirar seus filhos da cadeia, passagem pra ir embora pra outro estado e outros pedidos que não se encaixam no rol das vaidades.

Numa dessas afrontas, pessoas pensam que eu estou na linha de frente de alguma candidatura e até me atacam desvairadamente, como se eu fosse influenciar este ou aquele candidato. Põe em xeque a minha reputação frente aos movimentos sociais e se degladiam insensatamente, como se a política fosse a salvação, um salva-vidas chamado prefeitura, a salvação da crise impetrada por anfitriões dos corredores dos muitos palácios governamentais. Fico olhando com produndo desprezo, pois já vi esse filme passar e não acho nem um pouco bom eu me afrontar com meus próprios sindicalistas que, de um lado eles ficam poderosos com suas vantagens em não trabalhar e ganhar muito, e, por outro, eu ficar do lado de um bocado de gente querendo justiça dos que não propõem justiça porque soberbamente são os próprios larápios que surrupiaram as últimas esperanças do povo agonizante.

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