O cunhado de AJ, Ricardo Viacava, foi preso hoje no aeroporto de Guarulhos em SP, ao desembarcar dos Estados Unidos
Indígenas e fiscais do Ibama queimam motosserras apreendidas
na operação Kayapó, em 2014, que deu origem à operação Rios Voadores
(foto: Ibama)
Já são 14 pessoas presas na operação Rios Voadores, deflagrada
na semana passada contra uma quadrilha que atuava desde 2012 na região
sudoeste do Pará, grilando terras, explorando trabalho escravo e
desmatando ilegalmente para criação e venda de gado de corte. Hoje pela
manhã, Ricardo Viacava, um dos membros da família que coordenava o
esquema, foi preso no aeroporto de Guarulhos, ao desembarcar dos Estados
Unidos.
Ontem, também no aeroporto de Guarulhos, foi presa a mulher de Viacava, Ana Luiza Junqueira Vilela Viacava. Continua foragido o irmão de Ana Luiza, Antonio José Junqueira Vilela, conhecido como AJ ou Jotinha, considerado o chefe da organização criminosa. Após a prisão de Ana Luiza, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dela, mas ficou comprovada que foram retirados objetos do cofre, assim como o desapareceu o HD com o monitoramento por câmeras da casa.
Nas interceptações telefônicas feitas após a operação Rios Voadores, Ana Luiza, que inicialmente não tinha prisão decretada, foi flagrada ordenando a um homem não identificado que destruísse evidências. Por esse motivo, foi presa. Ricardo Viacava e a mulher estão presos na carceragem da PF em São Paulo. Se AJ Vilela não se entregar, o Ministério Público Federal pediu a inclusão do nome dele na lista de procurados da Interpol.
A operação Rios Voadores uniu investigadores do MPF, Polícia Federal, Receita Federal e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e cumpriu um total de 52 mandados de prisão preventiva, condução coercitiva e buscas e apreensões nos estados do Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
O esquema movimentou R$ 1,9 bilhão entre 2012 e 2015 e destruiu 300 km quadrados de florestas em Altamira, no Pará, área equivalente ao território de municípios como Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG) ou Recife (PE). O prejuízo ambiental foi de R$ 420 milhões.
Segundo as investigações, o grupo invadia florestas em terras públicas, retirava e vendia a madeira de valor mais alto, e depois derrubava a mata remanescente e ateava fogo. Na terra devastada era plantado capim e instalada criação de gado. Para praticar esses crimes a organização criminosa utilizava mão de obra submetida a condições semelhantes às de escravos.
Após a consolidação das pastagens, o grupo registrava os terrenos em cadastros ambientais rurais oficiais. Os registros eram feitos em nome de laranjas (pessoas que servem como intermediárias em negócios fraudulentos). As pastagens, então, eram exploradas pelos próprios integrantes do grupo ou arrendadas para terceiros.
Por essas e outras irregularidades, Jotinha figura hoje como o infrator que recebeu multas de maior valor já aplicadas pelo Ibama na Amazônia (R$ 163 milhões em dez autos de infração), e que é responsável pela maior área já embargada pela autarquia na região (300 km quadrados).
Ontem, também no aeroporto de Guarulhos, foi presa a mulher de Viacava, Ana Luiza Junqueira Vilela Viacava. Continua foragido o irmão de Ana Luiza, Antonio José Junqueira Vilela, conhecido como AJ ou Jotinha, considerado o chefe da organização criminosa. Após a prisão de Ana Luiza, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dela, mas ficou comprovada que foram retirados objetos do cofre, assim como o desapareceu o HD com o monitoramento por câmeras da casa.
Nas interceptações telefônicas feitas após a operação Rios Voadores, Ana Luiza, que inicialmente não tinha prisão decretada, foi flagrada ordenando a um homem não identificado que destruísse evidências. Por esse motivo, foi presa. Ricardo Viacava e a mulher estão presos na carceragem da PF em São Paulo. Se AJ Vilela não se entregar, o Ministério Público Federal pediu a inclusão do nome dele na lista de procurados da Interpol.
A operação Rios Voadores uniu investigadores do MPF, Polícia Federal, Receita Federal e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e cumpriu um total de 52 mandados de prisão preventiva, condução coercitiva e buscas e apreensões nos estados do Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
O esquema movimentou R$ 1,9 bilhão entre 2012 e 2015 e destruiu 300 km quadrados de florestas em Altamira, no Pará, área equivalente ao território de municípios como Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG) ou Recife (PE). O prejuízo ambiental foi de R$ 420 milhões.
Segundo as investigações, o grupo invadia florestas em terras públicas, retirava e vendia a madeira de valor mais alto, e depois derrubava a mata remanescente e ateava fogo. Na terra devastada era plantado capim e instalada criação de gado. Para praticar esses crimes a organização criminosa utilizava mão de obra submetida a condições semelhantes às de escravos.
Após a consolidação das pastagens, o grupo registrava os terrenos em cadastros ambientais rurais oficiais. Os registros eram feitos em nome de laranjas (pessoas que servem como intermediárias em negócios fraudulentos). As pastagens, então, eram exploradas pelos próprios integrantes do grupo ou arrendadas para terceiros.
Por essas e outras irregularidades, Jotinha figura hoje como o infrator que recebeu multas de maior valor já aplicadas pelo Ibama na Amazônia (R$ 163 milhões em dez autos de infração), e que é responsável pela maior área já embargada pela autarquia na região (300 km quadrados).
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
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