Por onde andam as vítimas das explosões de óleo diesel misturado com gasolina? Como vivem seus filhos? O que mudou na rotina tranquila vivida pelos ribeirinhos após a morte de sua mãe ou de filhos?
De acordo com parentes da senhora Rosinete, vítima desse tipo de adulteração de combustível, continua hospitalizada no Hospital Metropolitano. O caso dela é de recuperação que pode levar até dois anos ou mais, embora ela tenha passado por momentos terríveis como entrada em estado de coma, com tratamento na UTI daquela instituição.
As famílias, ao contrário da propalação em rede sociais de que o governo de Portel estaria ajudando com recursos financeiros, afirmam que a ajuda proveio de pessoas da comunidade, especialmente através da mobilização da Comissão Tharle Cordovil (nome dado em homenagem à vítima de 12 anos, filho da Sra. Rosinete), que conseguiu alimentação e outros recursos como roupa, já que a perda foi total na explosão ocorrida na região do Pacajaí, localidade Anijó.
A mudança foi radical para todos os membros da família. O próprio Tharle, uma criança de 12 anos, já era detentora de sua própria roça, que ficou abandonada e teve uma perda de lucro de cerca de 2 mil reais na produção de farinha. Além da roça, em termos de geração de renda para a família, o pai também teve que abandonar sua plantação, casa e terreno, fruto de sua herança, já que são povos tradicionais que habitaram e habitam a região do Aninjó.
Agora estes problemas, a família sofreu agressões verbais e ameaças, assim como membros da Comissão Tharle Cordovil. Na semana passada, só para dar um exemplo, ouvi da boca de um parente dos donos do posto o termo "eles vão mandar matar quem mandou prender eles", intitulando-se como primo dos supostos donos do posto donde proveio o combustível.
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