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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Blog revela esquema de sangria do governo de Pedro Barbosa



Os dois servidores lançavam os dados dos funcionários, que retribuíam com um percentual bem gordo. Funcionava semelhantemente ao caso das horas extras, que eram também divididas com os servidores e já foram relatadas aqui.
A revelação que faço nesta publicação tem sérias implicações na vida do cidadão comum de Portel e, seguramente, em outras partes do país. É uma acusação forte. Tira recursos que poderiam salvar vidas, mudar o curso de uma história de desgraça. Que poderia nos tirar do patamar de um município que encabeça a vergonhosa lista de cidades com baixíssimo IDH.


Hoje mesmo eu soube da morte de um ribeirinho que viajou durante horas de barco e a demora custou-lhe a vida, fato noticiado por uma emissora de TV local. Mas vamos aos fatos nojentos da administração de Pedro Barbosa.

O esquema funcionava dentro da prefeitura. Dois servidores lotados no departamento de RH lotavam amigos e cupinchos do poder, com bons salários. As pessoas moravam em lugares distintos, inclusive na França, como já publicado neste blog. Em troca do favor, os funcionários vagabundos devolviam algo em torno de 30% aos servidores que inseriram os dados no computador. 


Grande parte do problema foi resolvido na administração de Paulo Ferreira, com a implantação de um ponto eletrônico, o que forçou diversos desses malandros a pedirem exoneração. Estavam vivendo em municípios como a cidade vizinha de Breves. Mas também viviam em outro estados, como o Amapá, sem esquecer outros estados como São Paulo, fato noticiado também neste blog.


Um vizinho se espantava com as festas promovidas por uma servidora e me contou, à época, mas eu pensei se tratar apenas de ciumeiras de vizinhos. Saber que servidora criminosa havia dado presentinhos para o seu namorado, com valores enormes em determinado loja de luxo da cidade, passei a olhar o perfil dessa pessoa. Além de produtos luxuosos, casa com padrões bem acima do salário de pouco mais de mil reais, a moça ainda fazia ostentações na internet, com viagens intermináveis a lugares de sonho de grande parte da população, tais como Rio de Janeiro e Salvador, só para citar alguns.


O esquema é mostrado no desenho acima, o que pode ser entendido como uma das maiores farras com dinheiro público desde o período em que gatunaram o IPMP (atualmente com nova sigla: IMPP), o Instituto de Previdência do Município de Portel.

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