Por Jacira Baia
Foto: Iracema Teles |
Quem tem
leitura a respeito do Pacto sabe quais são as atribuição dos governos federal,
estaduais e municipais, dentro do acordo nacional que deliberou tais ações no
intuito de melhorar a qualidade da educação brasileira. Pelos relatos de
professores, foi constatado o compromisso assumido pelos gestores de alguns
municípios que, infelizmente, não é o caso do município de Portel.
Enquanto
professores de outros municípios relataram que têm 200 horas aula disponível
para o Pacto, e uma diária de 200 reais nos períodos que se deslocam de seus
municípios para a formação, em Breves, os professores de Portel, envergonhados,
fizeram o seguinte relato:
• Em seu
município não disponibilizaram carga horária, nem sequer um professor
substituto no período do curso, ficando suas turmas sem aulas durante três
dias;
• Viajaram
sem diárias, tendo disponível um quarto para cada quatro pessoas num dos hotéis
mais baratos da cidade (por aí já se imagina a qualidade);
• As
refeições que disponibilizaram foi um PF, sem opção de cardápio, num
restaurante do mesmo nível do hotel;
• Foi enviada
uma pessoa, que ninguém sabe quem é, para “negociar e pagar” os preços do hotel
e restaurante, sem que ninguém saiba os valores;
• Alguns, não
se conformando com a humilhação, tiveram que tirar dinheiro do próprio bolso
para se alimentar e se alojar com dignidade.
Detalhe...
Enquanto relatavam tudo isso durante as trocas de experiências com colegas de
outros municípios, os professores de Portel ainda não sabiam que a “pessoa
enviada” não ia aparecer para pagar o hotel na hora da saída. Chegado o
momento, - “não pode sair se não pagarem agora!” – Disse a dona do hotel ao
coordenador, que teve que pagar as diárias dos colegas com seu próprio cartão
de crédito.
Ao cumprir a
responsabilidade que assumiu com o Ministério da Educação quando assinou a
adesão ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, o Município não
está prestando favor a nenhum professor orientador de estudos, mas sim primando
pela qualidade da educação de seu povo. E negar apoio a agentes fundamentais
das ações do Pacto, que é o caso dos professores orientadores de estudos, não é
ferir ou desrespeitar um ou dois desafetos que integram o grupo, mas sim pôr em
riscos o bom andamento do processo, que é uma questão de abrangência social e
de ordem administrativa, que pode, inclusive, resultar em perdas de recursos,
segundo um dos membros da Coordenação Estadual do PNAIC.
“Esperanças
de dias melhores”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário