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sábado, 10 de agosto de 2013

Chapa 1 - a chapa da categoria - vence a eleição do SINTEPP em Portel

Seção de votação na escola Lourdes Brasil


Sem dúvida, a eleição que dominou as discussões na cidade de Portel termina como já era esperado: vitória da chapa 1.

Não fosse pelo aparecimento de uma chapa adversária - que considero muito saudável do ponto de vista democrático -,  a eleição não teria a repercussão que teve. Um dos estopins do alarde foi a publicação feita por um membro da chapa 2, que saiu no Facebook e foi levada para discussão em assembleia geral. O documento postado acusava dois integrantes da antiga coordenação, sendo um que faz mestrado e outra que faz pósgraduação. Apenas o professor Oclécio Lacerda, o coordenador de finanças Benedito Valente e Roseane Silva rebateram as críticas. A companheira Lucidalva não se defendeu, causando espanto pelo não pronunciamento, apesar de sua reputação também ser posta em xeque. No outro dia, o que se ouvia nas ruas era: "quem cala, consente". 

Veja AQUI publicação sobre o fato

Nos dois dias de eleição (8 e 9, quinta e sexta, respectivamente), as duas chapas montaram estratégias, dentre as quais a visita aos domicílios dos eleitores. Os membros da Chapa 1 (veja lista AQUI) se mostravam confiantes, sobretudo pela aprovação da população que já conhece os sindicalistas que sempre aparecem na televisão e dão pronunciamentos na única emissora de TV local. ´”Chapa 1!”, gritava um grupo de jovens na frente da escola Nicias Ribeiro, ao ver os sindicalistas saírem dali após campanha junto aos servidores daquela unidade estadual. Da mesma forma, ouvi u vendedor ambulante na frente de uma escola dizer: “É a Chapa 1!”.

Após o debate dentro da ASSPORT, as acusações de desvio de verba sindical diminuíram, mas mesmo assim o professor Situba não se retratou das acusações. Rose Silva disse que o caso pode parar na justiça, pois o seu pai Celso Bandeira, também sindicalista da Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Portel, ficou furioso com os ataques de difamação. Desta forma, a chapa 2 usou de outra tática, que foi focar na prestação de contas. Como resposta, os membros da Chapa 1 acusavam os membros da Chapa 2 de não participar das reuniões nos últimos 8 anos e que, sem participar, desconheciam o fato de haver prestação de contas trimestralmente, como manda o estatuto. 

Randel: "Unidade sindical é mais importante"
A chapa 1 ousou acusar a letargia dos membros da chapa 2 durante 8 anos por estarem apegados ao corrupto governo de Pedro Barbosa, cuja ponta do Iceberg foi o não pagamento do mês de dezembro, que levou fatalmente à maior greve da história do sindicato em Portel. Para piorar a imagem dos membros da chapa 2, a constituição de coordenadores não preenchia totalmente as vagas, exibindo a dificuldade de montar uma diretoria. Ouvia-se pelas ruas que muitos professores se recusaram integrar este grupo. Como se isso não bastasse, apenas quatro integrantes apareciam à frente da mobilização, criando mais descrédito ainda.

Em termos de descrédito, a Chapa 2 ainda carregava como estigma o vínculo a gestões passadas do sindicato, com alguns que nunca compareceram às reuniões, outros que aceitaram cargos comissionados no governo de Pedro Barbosa e algumas faces desconhecidas dos movimentos sociais, entre os quais um fura greve.

Apesar do espalhafato originado na rede social Facebook e constantes aparições na tela da tevê, o número de votantes ainda foi baixo. No primeiro dia, apenas 48 votantes, sendo que a sessão montada no Paulino de Brito teve maior número de votos: 28. No segundo dia, com as visitas feitas aos domicílios, numa campanha corpo-a-corpo, e até transportados por membros das duas chapas, a votação cresceu. Atingiu, desta feita, 118 votos, totalizando nos dois dias o número de 166 votantes. Alcançou o quorum de 50 % mais 1, necessários para não prosseguir numa eleição suplementar.

Aliviado em saber que a eleição teria quorum, o próprio presidente da Comissão Eleitoral, Benedito Nunes, agradeceu a direção da escola Lourdes Brasil por ter cedido uma sala ampla e confortável, inclusive climatizada. Seu descontentamento era quanto à direção da escola Paulino de Brito que cedeu o corredor, uma área quente e desconfortável.

Brunno Baia faz o discurso da vitória: Chapa 1 é a vencedora
Após vencer na primeira sessão, membros da chapa 1 já comemoravam a derrota da chapa governista com fogos de artifício e muita gritaria na frente da sede do SINTEPP, local escolhido para apuração dos votos. Lá dentro, apenas dois representantes de cada chapa, além de um membro da coordenação estadual representado pelo experiente Eloy. A imprensa foi impedida de entrar na sala, assim como dois outros membros da coordenação estadual, tudo a pedido de professor Situba. Os dois outros coordenadores estaduais Randel e Antôno Neto não contestaram o impedimento, nem o editor do blog Educadores de Portel, assim como o repórter Viola, da rádio Arucará FM.

Mesário: tudo transcorreu normalmente, disse Curió
Tudo transcorreu sem maiores incidentes, exceto alguns bate-bocas entre o mesário Romulo Glória, que expulsou da sala de votação o sindicalista Brunno Baia e Ronaldo de Deus. Tudo ocorreu porque Brunno deu um parecer verbal sobre uma situação que não estava prevista no regimento eleitoral. A opinião provocou o descontentamento de Rômulo, o qual é simpatizante da Chapa 2 e, segundo o fiscal, falava abertamente no local de votação a sua rejeição à coordenação atual. Fato semelhante ocorreu na escola Paulino de Brito. O mesário Curió impedia o fiscal de se aproximar da mesa pra olhar de perto a movimentação, assim como as cédulas. Um dos membros foi ao local, acompanhado de dois membros da Comisão Eleitoral para dizer que o fiscal não poderia ser impedido de se aproximar da mesa, contanto que não perturbasse a ordem dos trabalhos.À noite, Curió fazia parte da festa que aconteceu na residência do recém eleito coordenador geral Brunno Baia.


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