Seção de votação na escola Lourdes Brasil |
Sem dúvida, a eleição que dominou
as discussões na cidade de Portel termina como já era esperado: vitória da
chapa 1.
Não fosse pelo aparecimento de
uma chapa adversária - que considero muito saudável do ponto de vista democrático -, a eleição não teria a repercussão que teve. Um dos
estopins do alarde foi a publicação feita por um membro da chapa 2, que saiu no
Facebook e foi levada para discussão em assembleia geral. O documento postado
acusava dois integrantes da antiga coordenação, sendo um que faz mestrado e
outra que faz pósgraduação. Apenas o professor Oclécio Lacerda, o coordenador de finanças Benedito Valente e Roseane Silva rebateram as críticas. A companheira Lucidalva não se defendeu, causando espanto pelo não pronunciamento, apesar de sua reputação também ser posta em xeque. No outro dia, o que se ouvia nas ruas era: "quem cala, consente".
Veja AQUI publicação sobre o fato
Nos dois dias de eleição (8 e 9,
quinta e sexta, respectivamente), as duas chapas montaram estratégias, dentre
as quais a visita aos domicílios dos eleitores. Os membros da Chapa 1 (veja lista AQUI) se
mostravam confiantes, sobretudo pela aprovação da população que já conhece os
sindicalistas que sempre aparecem na televisão e dão pronunciamentos na única
emissora de TV local. ´”Chapa 1!”, gritava um grupo de jovens na frente da
escola Nicias Ribeiro, ao ver os sindicalistas saírem dali após campanha junto
aos servidores daquela unidade estadual. Da mesma forma, ouvi u vendedor
ambulante na frente de uma escola dizer: “É a Chapa 1!”.
Após o debate dentro da ASSPORT,
as acusações de desvio de verba sindical diminuíram, mas mesmo assim o professor Situba não se retratou das acusações. Rose Silva disse que o caso pode parar na justiça, pois o seu pai Celso Bandeira, também sindicalista da Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Portel, ficou furioso com os ataques de difamação. Desta forma, a chapa 2
usou de outra tática, que foi focar na prestação de contas. Como resposta, os
membros da Chapa 1 acusavam os membros da Chapa 2 de não participar das
reuniões nos últimos 8 anos e que, sem participar, desconheciam o fato de haver
prestação de contas trimestralmente, como manda o estatuto.
Randel: "Unidade sindical é mais importante" |
Em termos de descrédito, a Chapa
2 ainda carregava como estigma o vínculo a gestões passadas do sindicato, com
alguns que nunca compareceram às reuniões, outros que aceitaram cargos
comissionados no governo de Pedro Barbosa e algumas faces desconhecidas dos
movimentos sociais, entre os quais um fura greve.
Apesar do espalhafato originado
na rede social Facebook e constantes aparições na tela da tevê, o número de
votantes ainda foi baixo. No primeiro dia, apenas 48 votantes, sendo que a
sessão montada no Paulino de Brito teve maior número de votos: 28. No segundo
dia, com as visitas feitas aos domicílios, numa campanha corpo-a-corpo, e até
transportados por membros das duas chapas, a votação cresceu. Atingiu, desta
feita, 118 votos, totalizando nos dois dias o número de 166 votantes. Alcançou
o quorum de 50 % mais 1, necessários para não prosseguir numa eleição
suplementar.
Aliviado em saber que a eleição
teria quorum, o próprio presidente da Comissão Eleitoral, Benedito Nunes,
agradeceu a direção da escola Lourdes Brasil por ter cedido uma sala ampla e
confortável, inclusive climatizada. Seu descontentamento era quanto à direção
da escola Paulino de Brito que cedeu o corredor, uma área quente e
desconfortável.
Brunno Baia faz o discurso da vitória: Chapa 1 é a vencedora |
Mesário: tudo transcorreu normalmente, disse Curió |
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