É a última moda em Portel: usar o nome de alguém, sem que a pessoa saiba e já está integrando este ou aquele grupo político, ou mesmo fazendo o que de fato nem é realidade. É a hora da "invencionice", só para parodiar um velho político corrupto da cidade.
Após o Grande Círio terrestre, fui convidado a, entre algumas latinhas de cerveja, a degustar um saboroso pato no tucupi, na residência do amigo Leno Gonçalves, ex-secretário de infraestrutura do município. Lá, outro amigo me prevê o meu futuro como apoiador político de certo algoz nutrido nas últimas eleições. Insosso, quis saber que trama diabólica seria essa. Não sei se pelo embalo da espumosa, mas o amigo afirmou que, devido minha amizade com o único opositor que não se vendeu ao governo municipal - Miro Pereira -, entrarei no pacote por conta de que Miro será apoiado pelo governo do estado para deputado estadual, em tabelinha para sustentar a quase inviável eleição de Pedro Barbosa para deputado federal.
A bem da verdade, nem o bispo do Marajó, Dom Luiz Azcona escapa de semelhante "invencionice". Durante a inauguração de uma das mais longas construções de obras públicas da história de Portel (só perdendo para o hospital Wilson da Motta Silveira, que foi iniciado no governo de Hélio "Papudinho" Gueiros para, só então, ser inaugurado no governo tucanalha). E a tal invencionice desta vez foi propalada por ninguém mais do que Pedro Barbosa, o qual disse que deixará o cargo de secretário executivo da AMAM - Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó - porque o bispo Azcona o convidou a integrar ampla mobilização de ações em prol do Marajó. Disse ainda o ex prefeito que já comunicou a decisão à prefeita de Ponta de Pedras, Consuelo Castro, que é a atual presidente da entidade, ao lado do vice Paulo Ferreira.
Nem mal o prefeito acabou de desfechar o seu interminável discurso (que está previsto a acontecer em todas as inaugurações ao lado dos Ferreiras), uma pessoa de destaque estadual entrou em contato comigo, ao que logo indaguei se já está ciente de sua nova integração. Bem informado como sempre, replicou que já sabia da trama, ao que considerou uma armação para levá-lo ao descrédito perante a população, tal como ocorrido a Zé Valente, Pr. Eri, Nenem Nascimento e Joãozinho, com única exceção feita ao pastor Zaqueu.
Após essa encenação teatral diante de uma merreca de povaréu composto por, majoritariamente, servidores comissionados, o ex-prefeito Pedro Barbosa ainda deu entrevista a Rádio Arucará, onde expressou sua vontade em reunir com o governador Simão Jatene ainda esta semana. Como estamos no campo das especulações, há quem diga que a recente visita feita pelos repórteres do Fantástico esteja com as asinhas cortadas, tudo para não deixar a situação mais complicada, pois focaria em documentos de festanças envolvendo também o nome de uma secretária municipal, à luz de indícios de super faturamento, além de intermináveis desvios de verba para fomentar festas, enquanto professores dão aula debaixo de uma mangueira, tudo porque nunca foi concluída a obra que só andou um pouco porque os próprios ribeirinhos doaram madeira e mão de obra.
A montanha de processos que encobrem a careca de Pedro Barbosa só deverão suplantar ao do tucano Elquias Monteiro, cujo futuro está prejudicado pela tal da Lei da Ficha Limpa. E olha que quem deu início a tais processos foi o próprio Pedro Barbosa! Poderia Paulo Ferreira seguir este exemplo, mas está incondicionalmente preso ás amarras políticas de um acordo que presenteou Pedro Barbosa com nada menos do que cinco importantes secretarias, entre elas a da infraestrutura e saúde.
Do afirmado neste último parágrafo, depreende um forte crítico portelense que Pedro Barbosa já sai de fininho da AMAM para não comprometer ainda mais a associação que é mau exemplo de transparência. Ainda que este blog tenha enviado email na tentativa de saber quantos e quem são os funcionários da AMAM, até o momento a presidente não respondeu. Como pode, senhor Azcona, a entidade que se diz representante dos municípios da Ilha do Marajó não dar exemplo da aplicação da verba que cada um dos 15 municípios (Bagre continua de fora por não compactuar com a sem vergonhice) destinam, tudo às custas do sacrifício da população?
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