Outras
dez respondem a processos judiciais ou foram recomendadas pelo MPF a
interromperem cursos não credenciados no MEC, e mais onze são
investigadas
Já chega a 16 o número de cursos de graduação suspensos no Pará nos últimos dois anos por terem sido abertos sem autorização oficial ou por descumprirem outras regras estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Os dados são de levantamento realizado esta semana pelo Ministério Público Federal (MPF) no Estado, autor de ações judiciais que levaram à suspensão de cursos pela Justiça Federal e de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) para a interrupção dos cursos pelas próprias empresas irregulares.
Já chega a 16 o número de cursos de graduação suspensos no Pará nos últimos dois anos por terem sido abertos sem autorização oficial ou por descumprirem outras regras estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Os dados são de levantamento realizado esta semana pelo Ministério Público Federal (MPF) no Estado, autor de ações judiciais que levaram à suspensão de cursos pela Justiça Federal e de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) para a interrupção dos cursos pelas próprias empresas irregulares.
As duas últimas suspensões foram determinadas este ano pela Justiça
Federal. Foram suspensos os cursos de graduação e pós-graduação
oferecidos pelo Instituto Brasileiro de Educação e Saúde (Ibes), em
sentença assinada em janeiro, e os oferecidos pela parceria entre o
Instituto Educacional Convictus, a Faculdade Aberta de Filosofia,
Teologia, Educação Física e Pedagogia Religiosa (Faentrepe) e a Escola
de Formação Teológica e Profissional (Eftepro), em decisão liminar
(urgente) de fevereiro.
No mês passado a atuação do MPF também levou à assinatura de um TAC pela
Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel (Fatefig),
com sede em Tucuruí, no sudeste do Pará. O TAC prevê medidas
reparatórias tanto para o caso de a faculdade conseguir aprovação do MEC
para curso de enfermagem quanto para o caso de o curso não ser
autorizado.
Além da falta de autorização do MEC para realização de cursos no Estado,
empresas que promovem cursos superiores no Pará também estão sendo
descredenciadas pelo MEC por descumprimento de outras regras referentes
ao funcionamento de instituições de ensino. Em dezembro de 2013 o MEC
descredenciou a Faculdade de Tecnologia AD1, que tem sede no Distrito
Federal e atuava no Pará em parceria Unisaber.
Entre as irregularidades cometidas pela AD1 estão a mudança de local de
funcionamento sem autorização do MEC, não atendimento de prazos para
protocolo de pedido de reconhecimento de curso, não entrega dos diplomas
aos concluintes dos cursos de graduação, desrespeito a determinação de
suspensão de matrículas de novos alunos nos cursos oferecidos pela
instituição de ensino.
Outras dez empresas ou já foram recomendadas pelo MPF a suspenderem as
atividades irregulares no Pará ou estão respondendo a processos
judiciais em que o MPF pede a suspensão dos cursos. No Estado, há,
ainda, dez instituições sob investigação pelo MPF e uma sendo
investigada pelo MEC (a Faculdade de Ciências Humanas de Vitória -
Favix, contra a qual o MPF já conseguiu na Justiça decisão que obriga a
instituição a suspender cursos irregulares no Estado). Durante essa
investigação, o MEC já determinou a suspensão de inscrições de novos
alunos na Favix.
O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Alan Rogério Mansur
Silva, responsável pela maioria das ações e investigações, projeta em
cerca de 10 mil o número de alunos que todo ano concluem cursos pelas
instituições processadas ou investigadas.
Ibes – A ação contra o Ibes foi proposta em junho de 2012.
Investigação do MPF identificou que o instituto anunciava cursos de
graduação e pós-graduação em Fordlândia, Divinópolis, Rurópolis,
Placas, Itaituba, Trairão, Altamira, Novo Progresso, Oriximiná e
Santarém. Os cursos, no entanto, não eram credenciados no MEC.
Decisão do juiz federal Rafael Lima da Costa impede a empresa de
anunciar-se como instituição e de promover cursos de graduação ou
pós-graduação sem credenciamento no MEC, além de suspender os cursos
ilegais em andamento e as matrículas para esses cursos. A instituição
também está proibida de firmar qualquer tipo de convênio, com validade
no Estado do Pará, com instituições credenciadas pelo MEC, para expedir
diplomas de nível superior a seus alunos.
Por causa dos danos morais provocados, o Ibes foi condenado a pagar R$
10 mil para cada aluno que participou dos cursos ofertados
indevidamente. Para receber a indenização, os alunos devem habilitar-se
no processo, ou seja, cadastrarem-se na Justiça como partes interessadas
nesse caso (processo nº 0016414-28.2012.4.01.3900 – 1ª Vara Federal em
Belém).
Convictus e parceiras - A ação contra os cursos ilegais
promovidos pela parceria Convictus-Faentrepe-Eftepro foi ajuizada pela
Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em 7 de fevereiro.
Além
de promoverem cursos de graduação e pós-graduação em Belém sem
autorização do MEC, as empresas estavam utilizando indevidamente o nome
do Centro Universitário Unifafibe, de Barretos (SP), para promover os
cursos.
Foi a própria Unifafibe quem denunciou a irregularidade à Justiça e à polícia no Estado de São Paulo. A Justiça paulista impediu a Convictus de utilizar o nome do Centro Universitário Unifafibe. As informações chegaram ao MEC, que, por sua vez, enviou os dados ao MPF no Pará.
Foi a própria Unifafibe quem denunciou a irregularidade à Justiça e à polícia no Estado de São Paulo. A Justiça paulista impediu a Convictus de utilizar o nome do Centro Universitário Unifafibe. As informações chegaram ao MEC, que, por sua vez, enviou os dados ao MPF no Pará.
Em decisão liminar (urgente) de 12 de fevereiro, o juiz federal José
Flávio Fonseca de Oliveira determinou que o instituto Convictos e suas
parceiras deixem de anunciar cursos superiores no Pará sem autorização
legal do MEC. A decisão também proíbe a realização dos cursos
irregulares e de matrículas nesses cursos.
Qualquer pessoa que tiver informações sobre a continuidade ou a abertura
de possíveis cursos irregulares por essas empresas no Pará pode enviar
denúncia ao MPF pela Sala do Cidadão (http://cidadao.mpf.mp.br/).
Serviço:
Para saber se uma instituição de ensino é credenciada ou não junto ao MEC:
Internet: http://emec.mec.gov.br/
Telefone: 0800-616161 (ramal 4 e depois ramal 1)
Para denunciar instituições que estejam atuam de maneira irregular: http://cidadao.mpf.mp.br/
Caso Ibes
Processo nº 0016414-28.2012.4.01.3900 – 1ª Vara Federal em Belém
Íntegra da ação: http://goo.gl/Kqx2Kc
Íntegra da sentença: http://goo.gl/Fwbt6f
Acompanhamento processual: http://goo.gl/x74Hys
Caso Convictus/Eftepro
Processo nº 0002870-02.2014.4.01.3900 – 5ª Vara Federal em Belém
Íntegra da ação: http://goo.gl/qfpKjb
Íntegra da decisão liminar: http://goo.gl/3HlEa6
Acompanhamento processual: http://goo.gl/XFN3Mn
Caso Faculdade de Tecnologia AD1
Íntegra do despacho de credenciamento produzido pelo MEC: http://goo.gl/TbrZz0
Íntegra da nota técnica que baseou o descredenciamento: http://goo.gl/lJA7pu
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
(91) 3299-0148 / 3299-0177 / 8403-9943 / 8402-2708
ascom@prpa.mpf.gov.br
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Caso Ibes
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Caso Convictus/Eftepro
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Íntegra da decisão liminar: http://goo.gl/3HlEa6
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Caso Faculdade de Tecnologia AD1
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Íntegra da nota técnica que baseou o descredenciamento: http://goo.gl/lJA7pu
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