Portel vive momentos de desaceleramento da economia com o
fechamento de serrarias e a venda de madeira em toras para outros municípios da
cercania de Belém. Madeira não é problema porque saem dezenas de balsas
carregadas de madeira de Portel e em nome de empresas que apresentam documentos
que as credenciam como donas de manejo. E se o manejo não acontece em áreas que
estão sendo desmatadas, como empresas do estado do Amazonas ou mesmo da região
de Moju?
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, “Manejo Florestal
Sustentável é a administração da floresta para obtenção de benefícios
econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação
do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou
alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos
produtos e subprodutos não-madeireiros, bem como a utilização de outros bens e
serviços florestais.”
“Somente após a emissão da Autorização Prévia à Análise
Técnica de Plano de Manejo Florestal - APAT, é que a avaliação técnica de um
PMFS em florestas privadas é iniciada. A análise técnica de um PMFS conclui em
aprovação do PMFS ou indicação de pendências a serem cumpridas para a seqüência
da análise”, diz o Serviço Florestal Brasileiro.
Acontece, porém, que o manejo está restrito a território. Ou
seja, não é possível atingir a sustentaçao de ecossistemas se a empresa possui
autorização para atuar em Moju e faz a extração em Portel. Quer dizer, senhor
IBAMA e senhor MPF, que Portel pode perder o equilíbrio do ecossistema, os
benefícios econômicos, sociais e ambientais, e outro município viver a
plenitude?
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