Hoje eu estive na orla da Praia do Mangueirão e constatei algo que vinha reclamando há muito tempo: a paralisação da obra do cais de arrimo. Nas publicações anteriores eu mostrava com fotos os efeitos da erosão que ameaçam casas e até a Igreja Velha, inclusive numa dessas postagens fiz junto com meus ex-alunos da escola Ivone Santos, só para constar.
Descubro agora que o novo secretário de infraestrutra Zildo Brasil deu início a obra. Pelo visto nas fotos acima, o serviço já está adiantado, embora tenha sofrido críticas pela execução da obra no período chuvoso. Aliás, o secretário Zildo já foi atacado pela crítica de governistas, uma espécie de fogo amigo, mas é importante salientar que o homem assumiu o cargo há cerca de dois meses e é tão descabido quanto a pressão que recebi para criticar o governo de Paulo Ferreira quando este estava nos seus primeiros três meses. Ora, o prefeito mal acabava de assumir com um monte de dívidas e minhas críticas seriam, se assim fizesse, no mínimo levianas.
Embora eu aplauda a iniciativa, há o espaço que vai desde o a Floriano Peixoto até a igreja do Espírito Santo ou Igreja Velha e este deve também ser considerado. Ali naquela parte se defronta a escola Júlia Barbalho merece atenção especial e eu tenho feito fotos para verificar a velocidade com que a erosão faz a água se aproximar do leito da rua Augusto Montenegro. Mas fico feliz em saber que Zildo Brasil parece estar disposto, com o aval do prefeito, a proteger os patrimônios dos cidadãos portelenses que ali vivem, assim com os bens públicos.
É bem sabido que o IPHAN já se pronunciou quando um professor denunciou as obras de terraplanagens que o ex-secretário de infraestrutura Nena Carvalho havia iniciado. Vi o vídeo que me foi disponibilizado pelo professor que se mostrou preocupado com os materiais que estavam sendo destruídos, já que ali existe um sítio arqueológico. Proteger os vestígios dos nossos antepassados é uma coisa, mas proteger os bens dos cidadãos contemporâneos também é igualmente importante. Não se pode conceber a ideia de que a cada dia que passa um pedacinho da terra seja consumido pelas águas do rio Pacajá.
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