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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Escândalo de propina na Fifa envolve brasileiros

Ontem eu estava assistindo às notícias veiculadas pela BBC de Londres e via a cara dos sete presos envolvidos no escândalo da Fifa e, no meio deles, um brasileiro para manchar mais ainda o nome de tão lindo país já com notória fama de corrupto pelo assombroso caso da Petrobrás, o Petrolão.

Os sete presos que serão extraditados para os Estados Unidos são: 
  1. Rafael Esquivel - presidente da federação de futebol da Venezuela;
  2. Nicolas Leoz - ex-presidente da Conmebol;
  3. Jeffrey Webb - presidente da Associação de Futebol das Ilhas Caimã, da Concacaf e um dos vice-presidentes da Fifa;
  4. Jack Warner - ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf;
  5. Eduardo Li - presidente da federação de futebol da Costa Rica e integrante do Comitê Executivo da Fifa;
  6. Eugenio Figueiredo - ex-presidente da federação de futebol do Uruguai, atualmente um dos vice-presidentes da Fifa e membro do Comitê Executivo da entidade; e
  7. José Maria Marin.
Embora os sete acima tenham sido presos em hotéis de luxo, a lista de investigados é ainda maior:
  1. Julio Rocha, presidente da federação de futebol da Nicarágua;
  2. Costas Takkas, assessor de Jeffrey Webb;
  3. Alejandro Burzaco, controlador da Torneos y Competencia, empresa argentina de marketing esportivo
  4. Aaron Davidson, presidente da subsidiária da Traffic nos EUA
  5. Hugo e Mariano Jinkis, controladores da Full Play, outra empresa argentina de marketing esportivo
  6. José Margulies, controlador da Valente Corp. and Somerton, empresa de comunicações
Desde criança que ouço falar de denúncias envolvendo corrupção na Fifa, mas nesta semana o FBI (a polícia federal dos gringos), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a I.R.S (o que lá é algo como a Receita Federal nossa) revelaram uma investigação sobre crimes como extorsão, fraudes financeiras e lavagem de dinheiro. As autoridades dos Estados Unidos estão investigando o caso porque grande parte foi paga ou recebida por meio de bancos americanos como:
Delta;
JP Morgan Chase;
Citibank;
Bank of America.

Também são alvo de investigações as filiais estrangeiras como os bancos Itaú e Banco do Brasil.

Os esquemas

  • O primeiro deles envolve os direitos de transmissão da Copa América, competição de seleções sul-americanas, para os anos de 2015, 2019 e 2023, além da edição especial, chamada Centenário, de 2016, que será realizada nos EUA. A Datisa, uma empresa formada pela Traffic, do brasileiro J. Hawilla, e duas companhias sul-americanas, comprou os direitos de transmissão dessas quatro edições da Copa América por US$ 352,5 milhões e teria aceitado pagar outros US$ 110 milhões em propinas para os presidentes das federações sul-americanas: seriam US$ 20 milhões pela assinatura do contrato, US$ 20 milhões por cada uma das edições de 2015, 2019 e 2023 e mais US$ 30 milhões pela edição especial centenário. Desses US$  110 milhões, US$ 40 milhões já teriam sido pagos e Marin teria embolsado US$ 6 milhões.
  • O segundo esquema envolve a Copa do Brasil, torneio anual de clubes brasileiros. Segundo a acusação, a Traffic pagava a Marin e outros dois dirigentes da CBF R$ 2 milhões por ano pelos direitos de transmissão da Copa do Brasil. De acordo com a denúncia do FBI, em 2014 Marin se encontrou com J. Hawilla e foi questionado sobre a necessidade de a propina continuar fluindo para seu antecessor na CBF (Ricardo Teixeira). “’Já é tempo de vir na nossa direção [a propina]. Certo ou errado?’ O Co-Conspirador #2 [J. Hawilla] concordou dizendo  ´Claro, claro, claro. Esse dinheiro tem que ser dado a você. Marin concordou: ´É isso. Está certo’”. 




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