Atendendo a pedido
do MPF, liminar determina medidas de emergência para evitar mais
contaminação dos moradores do Igarapé Ipixuna
A Justiça Federal,
atendendo a pedido do Ministério Público Federal ordenou que o
governo brasileiro, através da Secretaria Especial de Saúde
Indígena (Sesai), instale no prazo de 30 dias estruturas de
saneamento básico como banheiros e fossas sépticas em duas aldeias
dos índios Munduruku, em Itaituba, no sudoeste do Pará.
Em inspeção nas
aldeias, o MPF constatou que abandono e a falta de manutenção das
estruturas sanitárias existentes já provoca contaminação do
igarapé Ipixuna, onde ficam as duas aldeias, assim como provocam
doenças evitáveis, principalmente em velhos e crianças. Para o
MPF, a situação retrata “total descaso” do Dsei Tapajós
(Distrito Sanitário Especial Indígena, unidade da Sesai que atua na
região) com as comunidades, porque “se trata de situação
vivenciada desde longa data sem qualquer medida afirmativa do órgão
com as comunidades”.
Para o juiz federal
Ilan Presser, que concedeu a liminar, “não pode ser aceita com
resignação a letargia da Sesai, particularmente do Dsei Tapajós,
já que a persistência dessas condições recrudescerá os já
elevados índices de mortalidade dos povos indígenas no Brasil”.
A situação afeta
tanto as comunidades indígenas quanto as comunidades ribeirinhas do
entorno das aldeias, que também usam a água do Igarapé Ipixuna.
Processo nº
747-70.2015.4.01.3908
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
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