Devido à promoção de determinada figura política em Portel, na qual doa computadores, algumas pessoas estão fazendo pesquisas sobre como melhorar a educação no município.
Aos estudantes, aqui vai um recado. O principal elemento na melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem é o professor. Ou seja, todo e qualquer investimento deve ser prioritariamente depositado no ser humano. A valorização do homem como agente no processo educativo é fundamental.
A valorização, portanto, viria através de bons salários, formação, capacitação, ladeado de muita motivação, a qual não pode ser pode ser esquecida que perpassa pela não perseguição. Veja bem, os professores estão sendo incessantemente perseguidos porque há um privilégio político dados aos asseclas. Isso é incabível no setor educacional. Quem se sente valorizado tendo sua carga diminuída em detrimento de uma pessoa cuja formação nem é do magistério?
Diante da presença de alguns estrangeiros na cidade, coincidentemente entrei em contato com um dos ex-organizadores do evento internacional e soube da história desse professor cuja atuação profissional é impecável. Nunca faltou, trata a todos muito bem, tanto colegas de trabalho quanto alunos, principalmente. É um professor reconhecido pela sociedade portelense. Mas teve sua carga horária reduzida sem maiores explicações. E eu pergunto: esse cara está motivado pelo "reconhecimento" dado a ele? Quando se reduz a carga horária, reduz-se consequentemente a sua remuneração. Ora, a remuneração não é a tão propalada questão da motivação?
Não vai longe essa história de perseguição. A minha esposa tem um comportamento exemplar dentro do setor de educação. Trabalha há mais de 10 anos na comunidade do rio Acutipereira, tem diversos projetos aplicados para beneficiar os ribeirinhos, como horta comunitária, construção de pontes, limpeza de estradas, construção de campo de futebol, além dos trabalhos pedagógicos, que são reconhecidos pelos alunos e pais. Teve sua carga horária reduzida, levando-a a ficar muito desmotivada. Mas mesmo assim, passou semanas e semanas elaborando materiais para atender à didática, com horas seguidas de pesquisas.
Bem, meninos e meninas, além da valorização do professor acima citada, olhemos a situação da merenda escolar. Tem faltado? Quando tem, dura alguns dias? Esse fator é crucial na educação, sobretudo porque vivemos momentos difíceis, em que as famílias não dispõem de alimentação farta e às vezes não se tem comida em casa, a criança vai para a escola com fome e ninguém funciona direito com a barriga vazia.
Pelo que vocês estão percebendo, não existe uma receita simples e acabada, pois o ramo da educação é complexo. Nos últimos dias ouvi reclamação, assim como no ano passado, a respeito de falta de livros didáticos para os estudantes. Tem escolas produzindo apostilas e isso gera reclamações também, uma vez que esse material já é ofertado pelo governo federal. Livros que deveriam durar três anos, duram um. Bem, se querem ganhar um computador, aí está uma boa proposta: crie um projeto ou uma ação de arrecadação dos livros que não foram devolvidos, por problemas de gestão escolar.
Um problema que vem ocorrendo há anos é a rotatividade do professor. Se eu não gosto do professor, mando ele para outra escola, devolvendo-o inicialmente à SEMED. Gente que não sabe administrar gente não pode estar à frente de uma escola.
Por hoje é só, mas prometo continuar esse assunto, que é vasto.
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