No início dos anos 80 havia um grupo
de estudantes que projetava seu futuro
através dos estudos. Algo louvável, num momento em que o Estado não provinha as
formações necessárias ao prosseguimento dos estudos dos que completavam o
ensino fundamental. Nesse momento não havia o prosseguimento dos estudos no
município, e nesse ponto alguém pode discordar da minha afirmação. Existia, porém, para as classes mais endinheiradas. Os governantes, pressionados pelos pais e alunos de baixa renda, iniciaram a proposta de criação dessas casas de estudantes. Proliferou-se, então, as repúblicas de estudantes, geralmente pobres
que não dispunham de uma residência na capital do estado do Pará. Muitos desses
estudantes são professores na atualidade. Era a AEP (Associação dos Estudantes
de Portel).
Desde os tempos de Felizardo
Diniz, atravessando o governo de Renato Queiroz, Nancy Guedes, Elquias monteiro
e finalmente Pedro Barbosa, nunca foi concretizado o sonho de existir uma casa
de apoio ao estudante. Creio oportuno dizer que nos tempos idos, antes de 96, não se dispunha de tanta verba que foi auferida após a conquista do FUNDEB.
Sabemos que o setor da educação
ainda é carente nessas circunstâncias, onde existe uma crescente necessidade de
aprimoramento, assim como investimento
cada vez maior, em sua maioria oriundos da esfera federal. E onde estaria o
comprometimento municipal em proporcionar condições aos estudantes assim como
ao setor da saúde, qualificado como um dos piores do Brasil?
Fiquei sabendo da avaliação feita
sobre o setor de educação do município de Portel pelo governo estadual do PMDB,
o que pode ser visivelmente verdadeiro, uma vez que houve investimento na
estrutura de transporte de estudantes, porém houve um achatamento na oferta de
qualidade de ensino através da contratação de professores sem habilitação
estabelecimento de vagas a profissionalização precoce de quem acabou de entrar
numa faculdade. Teria sido levado em consideração essas questões que possibilitem formações diversas, outra que não seja pedagogia, geografia e matemática? Nossos munícipes não teriam outra vocação como médico, advogado, engenharia, que só é possível na capital do estado? Está na hora dessa verba milionária adquirir um patrimônio, o sonho de muitas décadas, para hospedar os estudantes em busca da tão sonhada qualidade de educação e, acima de tudo, de vida.
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