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sexta-feira, 2 de março de 2012

Estão matando gerações de alunos a mando dos políticos: a voz dos inocentes


Esta semana conversei com um senhor que fez alguns comentários acerca da educação no município de Portel. Um cara de pouca instrução, diga-se de passagem. Mas com um poder de observação muito eficaz. Porém, suas palavras foram de uma sabedoria, um exemplo de que o povo não é burro como pensam os políticos egocêntricos.
O tal cidadão me falou que todo ano há um atraso no início das aulas. Em amplas reuniões, disse ele, já abordou a questão a diretores da SEMED sobre o planejamento da logística para o ano seguinte. O atraso uma hora é explicado como tendo origem na falta de combustível, outra hora na falta de material didático. Nos últimos dias o atraso se deu por conta de contratações e rotatividade de professores. Lembrou o digno cidadão que três escolas de Portel, na cidade, estão com o início do ano letivo mais comprometido que o restante das outras. Trata-se das escolas Lourdes Brasil, Júlia Barbalho e Paulino de Brito. Todas estão em obras, é a explicação.
Mais adiante, ouvi o prezado interlocutor da zona rural dizer que  o governo teve vários meses para fazer tais reformas, mas não o fez. Dito isto, o ribeirinho afirmou que o povo do interior não mais vai aceitar políticos mentirosos. As palavras foram: “Estou ficando velho de tanto ouvir as mentiras de Pedro Barbosa!” Acrescento ainda: “Se quiser colocar o meu nome lá (no blog), pode colocar!”. E se retirou para o mato, onde vive, segundo ele, desprezado, com uma escola que caiu e os alunos estudando em casa de particular.
Diretoras escolhidas pelo povo: exemplo para prefeitos
Em meio a tanta informação de um morador do interior, fiquei a matutar. Entendo que o governo municipal não constrói escolas para, em vez disso, alugar a casa do cidadão interiorano. Ou seja, alicia o indivíduo a ficar do seu lado. Este, com o bolso cheio pelo contrato do barco, da casa e mais um emprego para a mulher como servente na escola, se cala ante aos problemas alarmantes que só agora a Câmara de Vereadores percebeu. Descobriram agora que os alunos não estão aprendendo. Descobriram, por conseguinte, que professores vêm sendo contratados sem a devida formação, um pingo de didática. Outrossim, há questionamentos sobre a não realização de escolha de diretores. Governos democráticos realizam concursos e escolha dos diretores escolares pela população. Nesse sentido, parabenizo o prefeito de Breves, novamente, pois já o fiz na internet via Facebook e em protesto de rua, e agora reitero as ações desse prefeito. Soube agora há pouco que o prefeito empossou diretores de escolas após escolhas pelos próprios populares.
Ora, senhores e senhoras, o empreguismo sempre foi uma moeda de troca que elevou a carreira de muitos políticos. Mas, se pensarmos direitinho, a quem estes caras estariam matando? Gerações inteiras, etapas dos alunos que são queimadas numa creche, na primeira série, na segunda série... E só na quarta série é que se vai perceber que algo está errado? Foram exércitos de pessoas trabalhando na condução da aprendizagem desses meninos e meninas, contratos e mais contratos. Coordenadores sem a devida formação acadêmica assinam documentos, expedem relatórios, sem a devida qualificação. Já estava na hora de ouvir os clamores dos inocentes.

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