Vice amordaçado: indícios de quê? |
A Câmara Municipal de Portel se
reuniu extraordinariamente para votar o orçamento plurianual do governo de
Paulo Oliveira e já apresentou situações controversas.
Era para ter início às 9 horas da
manhã, mas acontece que a maioria dos vereadores não foram reeleitos e isso os
deixa desmotivados a comparecerem a qualquer reunião da Câmara, mesmo tendo
seus vencimentos pagos em dia, após o funesto afastamento de Pedro Barbosa que
prontamente repassou em dia a verba do Poder Legislativo. Se os vereadores
estão desmotivados, imagina então os professores que não receberam o décimo
terceiro. O vereador e presidente da Câmara, Jorge Barbosa, foi de casa em casa
pedindo aos vereadores que comparecessem à sessão. Primeiro chegou o vereador
Raso, seguido por Moisés e depois por Neto Monteiro. Manoel Maranhense veio
logo após o vereador Adson Mesquita para, em seguida, chegar o Preto da Marina,
até completar os nove que compuseram esta legislatura.
Marcada para as 9 horas, a
reunião só aconteceu às 11 horas e 15 minutos. Estranhamente somente após a
chegada do secretário de finanças, Raimundo Luis, que portava uma enorme bolsa
preta à tiracolo e se reuniu brevemente com um grupo na sala da presidência e,
em seguida, na sala destinada aos vereadores que não fazem parte da diretoria
da Câmara. Depois disso, os vereadores ficaram muito alegres, rindo para as
paredes. Na sala de reuniões, os vereadores riam à vontade, como adolescentes
em fim de ano letivo.
Na plateia, eu, o articulador
político Nena Carvalho, uma assessora do recém-eleito viceprefeito Luciano
Fonseca, o ex-prefeito Renato Queiroz, um assessor de Jorge Barbosa e um pai de
família que estava ali exclusivamente para pedir que um vereador pagasse uma
receita médica, mas saiu sem que seus problemas fossem resolvidos. O cenário
era de quase deserto, então.
Lá fora, murmurinhos de que os
vereadores pegaram dinheiro para votarem na nova LEI DA MORDAÇA, uma lei
sabidamente inconstitucional que veda as ações do vice-prefeito Luciano
Fonseca, numa clara demonstração de que os sumanos do PT já foram engolidos
novamente. Raso deu um showzinho em particular, berrando que a tal lei da
mordaça não poderia ser votada, antes porque é inconstitucional, depois porque
há um interstício de 8 dias. Por outro lado, o vereador Mauro Bentes,
debochando do seu par, disse que Raso assinou a lei da mordaça anterior, que
foi quebrada por força do poder da então governadora Ana Júlia Carepa,
permitindo que Carlos Moura assumisse o lugar do prefeito em sua ausência.
A controvérsia ficou por conta
dessa LEI DA MORDAÇA – que impede o vice de assumir as rédeas da prefeitura na
ausência do prefeito, mas Luciano, segundo sua assessora, está em viagem à zona
rural do município – que não poderia ser votada numa sessão extraordinária, já
que foi marcada com o único propósito de votar o orçamento plurianual.
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