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domingo, 16 de dezembro de 2012

Guigui e as meninas que fugiam da escola para a praia do Arucará


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Praia do Arucará: local das meninas de Portel
Que o futuro é consequência do passado, todo mundo sabe. É mesmo um fato! E, como exemplo, encontrei, nas muitas conversas que travo com meus amigos (sim, eu tenho amigos, poucos, mas verdadeiros). A história que conto hoje aconteceu na escola Abel Figueiredo (não fiquem com medo, professores – He He He), nos anos 80.

Pois bem. Esse negócio de cabular aula já deu problemas e teve seus reflexos na vida de muitos alunos, especialmente quando se trata de passar em vestibular ou mesmo num concurso. E quem animava as meninas eram os caras que tinham um trocozinho maior do que a maioria dos empregados da AMACOL (naquela época ali ficavam os bam-bam-bans das mulheres) e eram eles quem seduziam as alunas, especialmente para a beira da praia, especialmente com intuito de fazer sexo com elas. Conselho Tutelar nem se falava. Polícia então! A coisa rolava solta, tanto que muito nego casou com meninas na tenra idade de 12 ou 13 anos.E, como não havia motel, a praia do Arucará era um lugar perfeito para o sexo com as meninas. Muitas e muitas vezes eu vi homens transando com essas garotas. De pé, deitado na areia, encostado numa árvore ou mesmo sobre o tora encalhada na areia.

Para cabular uma aula tem que ter uma mente traquina. Então as meninas tinham que apresentar um caderno com o conteúdo do dia. Quem tinha uma letra boa na turma era o Guigui e esse era traquina. Justamente essas meninas, que transavam de dia e de noite, pediam ao Guigui copiar as matérias para elas e assim os pais poderiam ver que suas santas filhas estavam dando duro nos estudos (não de anatomia masculina, é claro).  Só que as garotas, acostumadas a driblar os velhos pais, davam calote no Guigui. E aí vinha a hora da vingança (que, como regra, tem um prato comido frio)!

Guigui, o traquina, pegava cinco cadernos das cinco gazeteiras e se trancava no banheiro masculino para tirar os arames e assim remover duas ou três matérias de cada um. Montava novamente os arames e os cadernos ficavam em perfeito estado. Com as folhas retiradas, Guigui montava um caderno novo em folha!

E a história do futuro é consequência do passado? Fica a dica: as gazeteiras não foram bem sucedidas na vida e Guigui é contador, tem casa e carro, uma bela família. 

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