Enfim, a greve dos educadores do Estado do Pará acabou depois de 52 dias, embora o SINTEPP tenha prometido que a luta deve continuar.
Nos últimos dias que antecederam à greve, contatei pais e professores de Portel dispostos a voltar ao trabalho, o que nada tenho de contra em seu aspecto técnico. Tenho, entretanto, meu posicionamento social a respeito do assunto, sobretudo quanto a voltar ao local de trabalho sem resposta alguma aos anseios das famílias ali representados pelos alunos que são atormentados pelo calor, falta de vagas, prédios em deterioração e salas super lotadas.
Entendo, assim como meus colegas sindicalistas (eu som coordenador de Comunicação da subsede de portel deste poderoso sindicato - que é o maior da região norte do Brasil), que a nossa causa ultrapassa a reivindicação por melhores salários. Pelo contrário, a briga vai além de valorização profissional, pois recorre a ganhos sociais, daí o apoio das famílias mais cônscias sobre o real papel do professor na sociedade carcomida pelo sucumbido sistema capitalista.
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