Continua indefinida a situação do
pagamento atrasado dos servidores da prefeitura municipal de Portel. Vinte e um
servidores da prefeitura ganharam, em 2001, uma causa de exoneração ilegal de
funcionários estáveis, o que redundou em indenização por danos morais e a
inevitável reintegração, ou seja, a volta dos titulares das vagas aos seus
devidos cargos.
Após quatro meses de atraso no
pagamento da indenização, que está sendo parcelado, a tesoureira da prefeitura,
Dinha, afirma que o atraso se dá por razões que o secretário de finanças
Raimundo Luís Ribeiro não repassa informações sobre o assunto. Além disso, ao
ser procurado pelos interessados, o secretário nem sequer recebe os servidores.
“Ele trata a gente mal”, disse um dos servidores. Ao ser questionado, “mandou chamar
a polícia”, disse o servidor humilhado. Crê-se que esse cara ainda poderia ser
um secretário de educação e poder fazer tais coisas contra não só com pedreiros,
pintores, serventes (que é o caso dos servidores que vivem esse inferno
patrocinado por gestores que trabalham sem transparência), mas poderia fazer
contra professores. Em pesquisa realizada recentemente, esse cara não ganharia
nem para ordenhar vacas (não querendo dizer que ele suga alguma vaca), quanto
mais para cargos públicos como vereador ou prefeito.
O caso dos 21 servidores é um
precatório. Os servidores, nos anos 90, adentraram com mandado de segurança
para garantir seus direitos. Transitado em julgado, ou seja, esgotado todos os
recursos a que a prefeitura tinha direito, o prefeito Pedro Barbosa foi
obrigado a pagar a indenização. Ocorre que subitamente houve a descontinuação
do parcelamento. Há inclusive, por parte da cúpula da SEGAF (a secretaria de
finanças comandadas pelo PT) um apontar de dedo ao advogado Ismael Moraes, que
ganhou 45% em cima dos servidores, de que o mesmo teria mandado suspender o
pagamento porque sua parte, algo em torno de R$ 15 mil, não estaria sendo
depositada. Ao tratar do assunto, por telefone, Ismael Moraes disse que não tem
nada a ver.
Em conversa com a tesoureira
Dinha, uma servidora que se encontra em sérias dificuldades financeiras e com
problemas de saúde, informou que o caso está sendo debatido entre os assessores
jurídicos da prefeitura. Como?? Já foi transitado em julgado! O que mais se
pensa que estão fazendo? Querem ser o Supremo Federal agora? Nem caberia, pois
o supremo é a instância máxima e lá os servidores já ganharam definitivamente a
causa, ou alguém quer ser mais máximo que o máximo? Em conversa com um dos
servidores do pagamento que está virando uma novela, o prefeito Pedro Barbosa
afirmou que pretende pagar todos os salários em atraso e inclusive as contas
que a prefeitura deve a terceiros antes do término de seu mandato. Paulo Ferreira
teria, assim, o recebimento de um governo enxuto. Seria a primeira vez em
décadas que isso aconteceria. O último prefeito a entregar a prefeitura sem
sinais de arrombamentos (nos cofres) foi o Felizardo Diniz, os outros entregam
a vaca (nome dado porque os governantes e seus apaniguados vivem, diz o povo,
mamando, sugando as verbas em benefício próprio, de familiares e amantes,
que
antes eram mulheres, agora envolve até casos homossexuais).
APOSENTADOS E PENSIONISTAS
Ontem os aposentados e
pensionistas finalmente receberam, após três meses de atraso. Nós, professores,
estamos preocupados, pois o pagamento dos aposentados e pensionistas não deve
atrasar, nem deveria, uma vez que pagamos religiosamente 11% ao Instituto de
Previdência do Município de Portel – IMPP. De acordo com o SINTEPP, solicitação
de informação a respeito desse atraso já foi feita ao prefeito.
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