Deve ou não o governo de Portel gastar dinheiro com carnaval neste ano de crise?
Em todos os discursos que se ouve dos diferentes níveis da federação é que há uma crise a impedir qualquer ação, comprometendo até o pagamento de servidores públicos. Aí vem o carnaval, aquela gastança de milhares de reais... É justo isso? Ora, de um modo ingênuo pode-se concluir que se há escassez de verba, não se pode cogitar de gastos exorbitantes.
Qualquer pai de família responsável sabe que quando a situação está difícil, é hora de apertar o cinto até que as coisas melhorem. Não seria a mesma coisa ser feita pelos prefeitos das cidades deste país, mergulhado em vergonha internacional?
Ao lado da suposta crise - aqui penso que ela se restringe a crise de má gerência ou, em se tratando de opinião pública já consagrada, roubalheira - existe uma tendência em induzir a população a colaborar com a situação supostamente insustentável pela falta de recursos, cobrando dela participação, a exemplo do que acontece no setor rural com a retirada de madeira para construção de escolas. Nesse caso, temos dois investimentos por parte da comunidade: 1) madeira retirada da área dos pobres ribeirinhos; 2) a mão de obra desses ribeirinhos.
Aliás, essa tendência da exploração já é antiga, basta olhar atentamente ao que ocorre na educação. Alega-se falta de recursos e o professor colabora com materiais como cartolina, pincel para quadro branco, lápis e cadernos para alunos, TNT, tesoura, tinta para carregar pincel, etc, sem contar com as infindáveis festas como Dia das Mães, Natal, cujas despesas saem do bolso do professor. Há, inclusive, uma onda de pedir dinheiro dos pais para diversas atividades, resultando no que chamo de professor ou escola pedinte.
Aí vem o pior. Descobre-se que as boas ações de participação do cidadão apenas contribuíram com desvios de verbas. Gente que nunca possuiu coisa alguma acaba comprando patrimônios que levariam cerca de duzentos anos para ser pagos, caso o salário ínfimo fosse mesmo responsável pela aquisição. Sabemos que não é.
Ao lado da suposta crise - aqui penso que ela se restringe a crise de má gerência ou, em se tratando de opinião pública já consagrada, roubalheira - existe uma tendência em induzir a população a colaborar com a situação supostamente insustentável pela falta de recursos, cobrando dela participação, a exemplo do que acontece no setor rural com a retirada de madeira para construção de escolas. Nesse caso, temos dois investimentos por parte da comunidade: 1) madeira retirada da área dos pobres ribeirinhos; 2) a mão de obra desses ribeirinhos.
Aliás, essa tendência da exploração já é antiga, basta olhar atentamente ao que ocorre na educação. Alega-se falta de recursos e o professor colabora com materiais como cartolina, pincel para quadro branco, lápis e cadernos para alunos, TNT, tesoura, tinta para carregar pincel, etc, sem contar com as infindáveis festas como Dia das Mães, Natal, cujas despesas saem do bolso do professor. Há, inclusive, uma onda de pedir dinheiro dos pais para diversas atividades, resultando no que chamo de professor ou escola pedinte.
Aí vem o pior. Descobre-se que as boas ações de participação do cidadão apenas contribuíram com desvios de verbas. Gente que nunca possuiu coisa alguma acaba comprando patrimônios que levariam cerca de duzentos anos para ser pagos, caso o salário ínfimo fosse mesmo responsável pela aquisição. Sabemos que não é.
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