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quarta-feira, 6 de março de 2013

Carga horária: um problema insolvível



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Carga horária volta à cena em Portel

Por Emanoel Bitencourt (adaptações de Ronaldo de Deus)

No atual governo municipal de Portel, o prefeito, a secretária de educação e quatro vereadores são professores, sendo três da situação. Todos, se não tem, mas deveriam ter uma visão bem apurada dos mecanismos que impulsionam o desenvolvimento da educação, de cujo processo faz parte a "habilitação e competência" para trabalhar em áreas específicas do ensino. Ora, mas o quadro de professores "construído" pela SEMED e vereadores não considerou tal fator. 

Professores formados em Matemática foram lotados com carga horária de CFB, com tantos professores habilitados na área, professores graduados e graduandos em Educação Física não tiveram prioridade para ministrar a disciplina, estando outros professores sem formação específica em seu lugar. Tudo pelo simples prazer de deixar de fora professores que foram oposição na campanha eleitoral. Nada contra os professores de matemática. Se fosse o inverso, eu teria a mesma opinião. Sem falar do descaso para com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que é um programa de relevância nacional e principalmente de extrema importância para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem no 1º ciclo de alfabetização. 

Dica: transformação social não consiste apenas em construção de praças, limpeza de ruas e tapagens de buracos. É necessário, principalmente, valorizar a educação independentemente de siglas partidárias. Nossas crianças não podem ser vítimas de um sistema que não sabe dissociar os ideais políticos partidários do profissionalismo. Só tenho a lamentar por esta triste realidade. Isto é Brasil, isto é Portel.

Comentário do blog

Após muitos posts sobre o assunto CARGA HORÁRIA e formação específica, essa é uma amarga decepção para o blog Educadores de Portel. Digo isso porque um número de vereadores acostumados com a prática do fisiologismo e acirrado assistencialismo vem achatando a educação no município de Portel, especialmente da zona rural. A praga mantida por vereadores tirados à força do mandato por um povo que ouviu as críticas ferozes quanto a essa atitude criminosa parece que vai continuar nos novos eleitos. 

Tem vereadores que, na linguagem de um amigo, estão como gaviões dentro da SEMED, influenciando negativamente a colocação de professores que não dominam o assunto, nem tampouco tem a formação devida. Que futuro estamos dando aos nossos filhos, senhores vereadores? 

Ao postar o texto do Emanoel Bitencourt, sinto um eco preponderante no meu grito. Oxalá outros professores também bradem conosco, pois muito me entristece uma cambada de apanhiguados falando mal da gente indevidamente. É indevido sobretudo porque não publicamos fatos frutos da nossa mente, mas são embasados nas ocorrências do nosso combalido setor da educação, que defenderemos até as últimas consequências, até porque esses caras nem sequer se deram ao luxo de estudar para verear. Embora tenhamos salientado o fator analfabético (para parodiar o meu antagônico amigo Ernanes Pinheiro), é perceptível o fator do analfabetismo político mesmo entre os professores atualmente no poder, que não movem uma palha para que cessem essa onda criminosa que assola a educação do município.

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