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domingo, 16 de junho de 2013

Brasil em protesto: o povo acordou?

Muitos dos meus amigos me perguntaram o que é que está acontecendo em São Paulo. Mencionaram que viram na TV reportagens sobre uma série de protestos iniciada na quinta-feira (6). Disse-lhes que o movimento questiona o aumento das tarifas de trem, Metrô e ônibus em São Paulo para R$ 3,20, em vigor desde o início do mês.

Adverti-os também que mobilizações semelhantes já foram registradas neste ano em outras cidades do país.
Considerei que, em relação à capital paulista, os envolvidos nos atos já têm histórico de protestos contra reajustes nas passagens desde a década passada.

De acordo com o site G1, entre os grupos mais conhecidos está o Movimento Passe Livre (MPL), que tem organizado os protestos recentes recrutando pessoas, inclusive, pelas redes sociais. Reporta o site que movimento foi fundado em uma plenária no Fórum Social Mundial em 2005, em Porto Alegre.

Há notícias que dão conta que as primeiras ações pelo transporte gratuito em São Paulo começaram ainda em 2004, com inspirações em iniciativas ocorridas em Salvador (Revolta do Buzú, em 2003) e Florianópolis (Revolta da Catraca, em 2004).

No início, discussões do MPL feitas em escolas públicas da Zona Sul e da região de Pirituba defendiam o passe livre apenas para estudantes. Porém, tempos depois, o movimento ganhou o apoio de universitários, movimentos comunitários, de moradia e de saúde. Atualmente, o MPL defende que a passagem seja gratuita para todos.

Os líderes do movimento que se intitula apartidário, não divulga uma estimativa do número de integrantes e diz contar com apoio de doações voluntárias para financiar panfletos e o material utilizado nas discussões.
A dimensão do movimento parece se engendrar mais a cada dia, pois outro grupo que também convocou seus seguidores a participar das manifestações no início da semana foi o MOVIMENTO MUDANÇA JÁ, que se define em sua página no Facebook como apartidário. O movimento se diz defensor de "uma gestão pública eficiente, da educação e da cidadania". No sábado (8), grupo organizou protesto relâmpago na Marginal Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo.

O Movimento Mudança Já chegou a sugerir em rede social uma campanha de boicote, que consistia em pagar as passagens de ônibus, trem ou metrô com notas de R$ 20 e R$ 50. O objetivo era que, sem troco, a companhia fosse obrigada a deixar "passar de graça".

Desta vez, os protestos tiveram início após o aumento da tarifa, de R$ 3 para R$ 3,20, nos meios de transporte da cidade. Segundo o MPL, “todo aumento de tarifa é injusto e aumenta a exclusão social.”
O aumento de 6,7%, no entanto, ficou abaixo da inflação no período – a tarifa dos ônibus, por exemplo, custava R$ 3 desde janeiro de 2011. Caso fosse aplicado o reajuste da inflação acumulada no período pelo IPC/Fipe, o novo valor seria de R$ 3,40, segundo a Prefeitura.
Vandalismo

Neste ano, o primeiro protesto em São Paulo foi registrado na quinta-feira (6). Ao menos 15 pessoas foram detidas. Na Avenida Paulista, estações de Metrô, bancas de jornais e foram depredados. Ônibus foram pichados.

O MPL afirmou que não é responsável pelos atos de vandalismo e que os protestos do grupo foram reprimidos com truculência pela Polícia Militar. A PM disse que usa a força apenas para liberar o tráfego em vias importantes da cidade bloqueadas pelos manifestantes.

Notícias dão conta que a ordem da repressão partiu do governador Geraldo Alckmin.



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