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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Marajó e os motivos pra ir pra ruas

Em meio a tantas reclamações que fazem só crescer as manifestações pelo Brasil agora, no Bom Dia Brasil, o apresentador pede a opinião de Alexandre Garcia, que faz revelações estarrecedoras.
“E quando o assunto é denúncia, o mínimo que poderia se esperar de um poder público é transparência. Mas não é o que pensa, por exemplo, o Senado. Depois de varais irregularidades, a direção da Casa decidiu dificultar o acesso à informação. As perguntas dos jornalistas vão precisar sser encaminhadas com antecedência e formalizada em ofício. O prazo pra resposta até cinco dias. Alexandre Garcia, na era da informação veloz, mais burocracia... cinco dias! “
Alexandre comentou:
“É como na história do marido enganado que resolve a questão vendendo o sofá onde aconteceu o adultério. O Senado corrige seus males escondendo as informações. O governo militar acabou com a pobreza chamando o pobre de “carente”. Com perguntas por ofício e cinco dias para responder, o senado fica com tempo para camuflar os desvios e destruir as provas. Afinal, esses repórteres intrometidos só descobriram que se pagava horas extras nas férias por causa dessa maldita transparência. Descobriram a terceirização entre amigos. Que a filha do senador gastou 14 mil no celular do Senado num passeio no México. Que a sogra do assessor de imprensa de Renan Calheiros ganha 4 mil e novecentos reais do Senado sem sair de casa. Que a assessora de senador, filha de Fernando Henrique, tampouco sai de casa porque acha o Senado uma bagunça. Que se pode trocar passagem aérea por jatinho. Que há 181 diretores e uma infinidade de conselhos bem remunerados e parentes de toda ordem igualmente bem remunerados, só por causa dessa transparência. Baixe-se, portanto, a opacidade e desvios que afetam a constitucional moralidade.”
Capitaneados por tais vergonhosas ações políticas, os movimentos também se espalham pelo interior Pará, após maciça movimentação do povo da capital
. Em Bagre, a manifestação que era pra ser pacífica, acabou em quebra-quebra. A maior insatisfação é quanto a questão da eletricidade, que, apesar de ser fornecida pelo Linhão do Marajó, ainda dá sinais de inoperância.
Enquanto isso, Breves realiza seu protesto, dentre os quais está o lacunoso fornecimento de água, que todos sabem que é da competência do governador do estado. Outro ponto relevante a ser incluído nas reivindicações é a questão do transporte fluvial, que está no valor de 70 reais.
Em Portel, professores convocam reunião para definição de pauta nesta quinta. A reunião acontecerá no anfiteatro, a partir das 18 horas. Mesmo assim, deverá constar, inevitavelmente, o preço da passagem de navio até Belém. De rede, o portelense paga 80 reais. De camarote, 120 reais.
Comentário do blog
Reduzir preço é apenas um paliativo, pois um dia haverá elevação. Penso que o momento é de construção de um abaixo-assinado pedindo ao governador uma estrada para Portel. E, para quem pensa que existe impedimentos legais, a estrada já existe de fato, pois foi aberta pelos empresários do ramo madeireiro há muito tempo. Basta que o poder municipal avance até a região da empresa Cikel, cujo transporte a Tucuruí já é feito de carro. Em recente visita realizada pelo prefeito de Portel, Paulo Ferreira, o governador disse que não quer problemas com o setor do meio ambiente e que também não quer brigas com os “interesses”. Supõe-se que um desses interesses seja o monopólio do transporte fluvial, o qual é detido pelo magnata Luis Rebelo. O governador quase cai pra trás quando foi informado que a estrada já existe e que o povo do alto Pacajá transita livremente pela estrada Portel Tucuruí. Nesse sentido, já existe uma petição, cabeada pelo blog mais popular de Portel, o Educadores de Portel, um dos mais lidos do Marajó. O editor, Ronaldo de Deus, pretende apresentar a proposta hoje, na reunião e já levará cópias do documento para que os quase 200 participantes comecem as assinaturas em complemento às virtuais.


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