Em meio a tantas reclamações que
fazem só crescer as manifestações pelo Brasil agora, no Bom Dia Brasil, o apresentador
pede a opinião de Alexandre Garcia, que faz revelações estarrecedoras.
“E quando o assunto é denúncia, o
mínimo que poderia se esperar de um poder público é transparência. Mas não é o
que pensa, por exemplo, o Senado. Depois de varais irregularidades, a direção
da Casa decidiu dificultar o acesso à informação. As perguntas dos jornalistas
vão precisar sser encaminhadas com antecedência e formalizada em ofício. O
prazo pra resposta até cinco dias. Alexandre Garcia, na era da informação
veloz, mais burocracia... cinco dias! “
Alexandre comentou:
“É como na história do marido
enganado que resolve a questão vendendo o sofá onde aconteceu o adultério. O
Senado corrige seus males escondendo as informações. O governo militar acabou
com a pobreza chamando o pobre de “carente”. Com perguntas por ofício e cinco
dias para responder, o senado fica com tempo para camuflar os desvios e
destruir as provas. Afinal, esses repórteres intrometidos só descobriram que se
pagava horas extras nas férias por causa dessa maldita transparência.
Descobriram a terceirização entre amigos. Que a filha do senador gastou 14 mil
no celular do Senado num passeio no México. Que a sogra do assessor de imprensa
de Renan Calheiros ganha 4 mil e novecentos reais do Senado sem sair de casa. Que
a assessora de senador, filha de Fernando Henrique, tampouco sai de casa porque
acha o Senado uma bagunça. Que se pode trocar passagem aérea por jatinho. Que
há 181 diretores e uma infinidade de conselhos bem remunerados e parentes de
toda ordem igualmente bem remunerados, só por causa dessa transparência. Baixe-se,
portanto, a opacidade e desvios que afetam a constitucional moralidade.”
Capitaneados por tais vergonhosas
ações políticas, os movimentos também se espalham pelo interior Pará, após
maciça movimentação do povo da capital
. Em Bagre, a manifestação que
era pra ser pacífica, acabou em quebra-quebra. A maior insatisfação é quanto a
questão da eletricidade, que, apesar de ser fornecida pelo Linhão do Marajó,
ainda dá sinais de inoperância.
Enquanto isso, Breves realiza seu
protesto, dentre os quais está o lacunoso fornecimento de água, que todos sabem
que é da competência do governador do estado. Outro ponto relevante a ser
incluído nas reivindicações é a questão do transporte fluvial, que está no
valor de 70 reais.
Em Portel, professores convocam
reunião para definição de pauta nesta quinta. A reunião acontecerá no
anfiteatro, a partir das 18 horas. Mesmo assim, deverá constar,
inevitavelmente, o preço da passagem de navio até Belém. De rede, o portelense
paga 80 reais. De camarote, 120 reais.
Comentário do blog
Reduzir preço é apenas um
paliativo, pois um dia haverá elevação. Penso que o momento é de construção de
um abaixo-assinado pedindo ao governador uma estrada para Portel. E, para quem
pensa que existe impedimentos legais, a estrada já existe de fato, pois foi aberta
pelos empresários do ramo madeireiro há muito tempo. Basta que o poder
municipal avance até a região da empresa Cikel, cujo transporte a Tucuruí já é
feito de carro. Em recente visita realizada pelo prefeito de Portel, Paulo
Ferreira, o governador disse que não quer problemas com o setor do meio
ambiente e que também não quer brigas com os “interesses”. Supõe-se que um
desses interesses seja o monopólio do transporte fluvial, o qual é detido pelo
magnata Luis Rebelo. O governador quase cai pra trás quando foi informado que a
estrada já existe e que o povo do alto Pacajá transita livremente pela estrada
Portel Tucuruí. Nesse sentido, já existe uma petição, cabeada pelo blog mais
popular de Portel, o Educadores de Portel, um dos mais lidos do Marajó. O
editor, Ronaldo de Deus, pretende apresentar a proposta hoje, na reunião e já
levará cópias do documento para que os quase 200 participantes comecem as
assinaturas em complemento às virtuais.
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