No plano de
governo do Paulo do Posto contempla a criação de cooperativas.
O governo,
através da secretaria de saúde, negou taxativamente a venda dos produtos
agrícolas que podiam ser comprados para merenda escolar. Fato anunciado pelo
blog.
Durante a
audiência pública (que durou duas horas!), nenhum secretário se manifestou
sobre as doenças causadas pela escassa alimentação.
Dá para ver com clareza a ausência
da boa alimentação nos supermercados da cidade. No Confiança, por exemplo, os
produtos hortifrutigranjeiros sumiram por completo, diferentemente de alguns
anos atrás quando havia estandes repletos de verduras.
A secretaria deixou de se
manifestar publicamente diante de situações gritantes onde imperam doenças de
terceiro mundo como gastrite e também de primeiro mundo como o diabetes e
obesidade. Embora não tivesse público, o povo mesmo, a imprensa estava lá e
governo que se preze dá especial atenção a esses veículos que fazem a mente do
povão.
Para trazer à baila, a criação de
cooperativas é uma imperiosidade numa terra em que a madeira não mais sustenta
a cidade, cabendo ao setor público a responsabilidade, mas que não pode ficar
assim. E todos sabem que os sindicatos e a maioria das associações foram
criadas pelo governo, mas é bom lembrar aos puxa-sacos de plantão que o termo
governo não quer dizer Paulo, Pedro, Elquias, mas o setor público em si, sendo
estes apenas passageiros, que poucos fizeram em prol da boa prática
sustentável. Bom ressaltar que a nossa terra produz uma variada gama de
produtos que estão sendo levantados pelo diagnóstico conduzido pelo IDEFLOR,
STTR, associações e logística da prefeitura. Neste documento, espera-se um
levantamento de produtos que desafiam a inteligência dos setores de
planejamento e levam à conclusão de que os anseios populares apontam para uma
certeza: o povo passa fome e vive na condição de miserabilidade por haver ganância
de poucos que se engalfinham nos corredores da SEGAF, ao que se recorre ao termo
usado pelo ex-prefeito Pedro: “quando a farinha é pouca, meu pirão primeiro”. É
de suma importância a realização desse diagnóstico socioeconômico e ambiental
na região de abrangência do PDL Portel, principalmente por se utilizar de
metodologias participativas – DRP.
Chega de apontar soluções
baseadas no achismo. É hora de recorrer a dados concretos para a tomada de
decisões e deixar a oratória de lado, arregaçar a manga da camisa e partir para
a luta, trabalho mesmo. Dados não faltam. Basta ver, bem diferente de alguns
anos atrás, que a própria SEMED já compilou informações vitais sobre os gastos
do setor, bastando fazer uma leitura e fazer uma contenção de gastos onde
existem torneiras abertas e ralos profundos a sangrar os recursos da educação.
Nesse sentido, a secretaria de planejamento deve focar a atenção nesses dados e
dar suporte aos setores organizados e não fazer deles o inimigo público da
governança. Aliás, cabe a todas as secretarias manter um setor de estatística
para que as reuniões não fiquem presas a discursos vazios que não se afinam com
a necessidade das pessoas.
Lembro-me do plano de governo de
Pedro Barbosa de interligar as secretarias, ainda que não tenha ficado claro se
era intranet ou internet, mas que daria uma mobilidade de informação, ajudando
sobremaneira o eterno problema de falta de comunicação. Na contramão surgiram
as subprefeituras, com autonomia indevassável, especialmente na secretaria de
educação e saúde, sendo a primeira quebrada, restando a segunda incólume. Ao
tocar no assunto, vejo no plano de governo (“4.1 – Manutenção da atual estrutura
organizacional da Secretaria de Saúde (SES), inclusive a manutenção de alguns
técnicos e médicos.”), sem falar na conservação da elevada taxa de nepotismo e seu
crescente aumento.
Espero que o texto deste domingo
provoque reflexões nas mentes pensantes deste município.
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