Os
(as) trabalhadores (as) em educação da Rede Municipal de Marabá,
cansados de esperar que a gestão desastrosa do PROS/PT na Semed
atendesse aos pontos de pauta da categoria, postos na mesa de negociação
pela coordenação do Sintepp, resolveram não iniciar o ano letivo 2014,
até que todas as demandas da sejam atendidas pelo governo.
A greve
deflagrada pela categoria em 27 de janeiro chega ao 9º dia e fica cada
vez mais forte. Mesmo depois do movimento ter sido manchete em jornais
de circulação nacional, o prefeito João Salame (PROS) e o secretário
municipal de educação, Luis Regason Bressan (PT) decidiram não dialogar
com o sindicato.
O governo
preferiu ir à mídia local apresentar dados inverídicos com relação às
finanças do município, numa tentativa desesperada de jogar a opinião
pública contra a categoria, para ferir principalmente a imagem dos
dirigentes sindicais.
Essa
jogada, porém não deu certo devido a grande credibilidade que o Sintepp
tem perante a comunidade, devido o enfretamento e a defesa dos direitos
dos trabalhadores em educação que promove. Agora o governo adota uma
nova estratégia: uma equipe de pessoas da confiança de Salame, lotadas
por apadrinhamento político na sede da secretaria, está indo às escolas e
exigindo reunião com os diretores e todos os servidores, em uma
tentativa minar o sindicato em sua base. Lamentável!
Todavia,
na assembleia de ontem (03) pela manhã, no auditório da EMEF José
Mendonça Vergulino, a categoria, que lotou o plenário, ratificou a
decisão de permanecer em greve até que a administração municipal entenda
a necessidade de mudança de postura e aceite estabelecer mesa de
negociação com o sindicato.
Entre os pontos de pauta, a categoria reivindica:
1.
Revogação de toda a Portaria de Lotação da Semed para o ano de 2014
(acredita-se que o documento atual prejudica todos os trabalhadores em
educação);
2. Garantia da hora atividade conforme a Lei do Piso (Salame se recusa a fazer qualquer proposta nesse sentido);
3.
Pagamento imediato de todas as progressões (há um grupo de mais de 300
servidores que fizeram o pedido da progressão de um nível para outro da
carreira e até agora não tiveram a garantia do direito. Vale lembrar que
a lei municipal diz ser automático, após um mês de protocolado o
pedido);
4.
Garantia de que nenhum direito adquirido pelo servidor seja retirado ou
reduzido (o prefeito quer através do PL-490-GP, de 29/10/2013, reduzir
as gratificações de mestres, doutores, diretores e vice-diretores);
5. Reajuste do vale alimentação (o Sintepp pede o aumento para R$ 300,00. O vale esta estagnado em R$ 161,00);
6.
Garantia de que todos os espaços das escolas sejam considerados para
lotação dos agentes de serviços gerais, e não somente o número de salas
de aulas como propões o governo;
7. Garantia de professor auxiliar nas turmas de educação infantil e nas turmas de 1º ao 5º ano;
8.
Garantia da lotação de dois agentes de portaria no turno da noite, como
forma de promover o aumento da segurança do patrimônio e do próprio
servidor;
9.
Exigimos o cumprimento integral da carta compromisso assinada pelo
prefeito em relação às promessas eleitorais direcionadas à educação.
A
população precisa saber que Salame quer considerar apenas os recursos do
Fundeb para investir na educação, sem considerar os 25%
constitucionais. A previsão da folha de pagamento da educação para todo o
ano de 2014 gera em torno de R$ 150 milhões, só de recursos próprios a
previsão orçamentária para esse ano é de R$ 240 milhões.
Portanto,
como o governo alega não haver recursos suficientes para manter os
direitos e avançar nas conquistas dos trabalhadores em educação? A luta
em defesa da educação pública é justa e ela se efetiva com a valorização
profissional. Não abriremos mão daquilo que já conquistamos.
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