Escola funciona no Centro Comunitário: Mocajatuba |
Foi o povo dali da estrada que me falou que todo o material
deixado por Pedro Barbosa para eletrificar a região do Baixo Acutipereira
acabou sendo levado para fornecer energia para o bairro da Portelinha. Embora
já tenha havido reunião com o vice-prefeito sobre a demora na extensão da rede
para as comunidades dessa região (Queimada, Cumaru, Pinheiro, Campinas e Boa
Vista), o gerente local foi direto não atender ao pedido de uso de postes de
madeira. É que há mesmo uma proibição do uso desse material, somente permitido
o de cimento, que é bem caro.
Há o entendimento de que, sem ações concretas na região do
Acutipereira, Paulo Ferreira deverá implementar essa eletrificação, pois até
agora os únicos benefícios para a região foi a estrada e uma escola na
comunidade Santa Cruz. De resto, comunidades como Aparecida continua com o
antigo prédio deixado por Elquias Monteiro e nunca nem pintado no governo de
Pedro Barbosa. Na comunidade Tauçu não há escola, sendo utilizados prédios feitos
pelos comunitários, e dizem que são alugados para a SEMED pelo valor de
quinhentos reais. No Mocajatuba a escola caiu, fato narrado aqui no blog, sendo
que hoje a escola funciona no centro comunitário, com divisórias feitas em PVC.
Na Boa Vista, uma construção está no meio do mato. Conforme informações
prestadas por moradores, os materiais de construção como tijolo, cimento e,
principalmente o mais caro, o ferro foram levados para construir outra escola,
fora da região do Acutipereira, salvo engano no Anapu. O próprio empreiteiro
levou os materiais e a placa está lá prevendo um prazo de entrega já há muito
expirado.
Depois de narrar os horrores estruturais (apenas alguns, por
causa do padrão das postagens), vejo que é importante destacar a bizarrice
feita contra professores e, especialmente, alunos. É o que está acontecendo na
comunidade conhecida como Serraria, no Alto Acutipereira. Lá, a professora tem
uma sala superlotada com 42 alunos, e a pobre da professora só falta ficar
maluca. O pior é que há mistura do primeiro e segundo ciclos, tudo para evitar
pagar 200 horas para a professora, que já exercer a profissão há cerca de 27
anos, concursada no período do mandato de Nancy Guedes. Os alunos dos anos
finais (6º, 7º e 8º anos) estudam juntos, o que dá pra compreender o futuro
incerto desses estudantes em termos de qualidade de educação, o que certamente
os fará enfrentar dificuldades quando estiverem no ensino médio.
Em relação ao número de alunos, a recomendação do diretor de ensino (tenho áudio gravado disso) é que as turmas do interior tenham 15 a 17 alunos, embora o maior número mesmo seja 25. Tal consenso da secretaria seria em face da realidade do setor rural, bem sabido que há o conhecido multiano (antiga multissérie). Compreende-se, portanto, que a situação da professora precisa ser urgentemente revisada pela secretaria de educação, com ênfase no aluno, pois este será o mais prejudicado se não houver uma ação imediata para resolver essa situação escabrosa.
Em relação ao número de alunos, a recomendação do diretor de ensino (tenho áudio gravado disso) é que as turmas do interior tenham 15 a 17 alunos, embora o maior número mesmo seja 25. Tal consenso da secretaria seria em face da realidade do setor rural, bem sabido que há o conhecido multiano (antiga multissérie). Compreende-se, portanto, que a situação da professora precisa ser urgentemente revisada pela secretaria de educação, com ênfase no aluno, pois este será o mais prejudicado se não houver uma ação imediata para resolver essa situação escabrosa.
No rio Mocajatuba – localidade conhecida como do Pantoja
(salvo engano se chama Deus Proverá), há uma turma com 7 (sete!) alunos,
funcionando os anos iniciais e as aulas, pasmem, três dias na semana. Como ficam
os 200 dias letivos, heim, senhor prefeito? O professor também é prejudicado,
com 30 horas! Peço que olhe com atenção ao povo do Acutipereira e não me
condenem por isso, sobretudo porque essas crianças e adolescentes têm tanto
direito quanto os dos outros rios, para os quais o tratamento é diferenciado,
tal o número de escolas construídas. Mas, não sacudam bandeiras e pistolas,
pois to sabendo de coisas horrendas dos outros rios.
Além da falta de merenda escolar, há falta de serventes para
fazer a limpeza, pois a prefeitura até o momento não contratou temporários.
Isso leva à constatação de que a prefeitura precisa fazer concurso público, mas
como a tendência é do neoliberalismo e do clientelismo, é melhor contratar, até
porque esse contrato vai ser de abril até junho, quando as serventes viverão o
horror de estar novamente desempregadas, em pleno período eleitoral. O que diz
a Vossa Excelência, Sr. Cezar Colares (do Tribunal de Contas dos Municípios –TCM)?
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