Numa manhã dessas, resolvi sair
em busca de uma televisão usada para suprir a que o ladrão levou. Nessa andada
pela cidade, encontrei um camarada, de amigo de longa data. Eis o que me foi
revelado sobre a falida AMACOL, já que está na moda falar dela, com comentários
que vão desde a rua até a Câmara Municipal, a tecer sobre os efeitos blog
Educadores de Portel.
Que havia o famoso “jacaré” na
empresa, todo mundo sabia. Mas a história do furto de combustível dos
empurradores e balsas da empresa americana merece destaque pela forma como uma
denúncia foi tratada pelos superiores. Por lá andava uma quadrilha e, num dado
dia, o gerente geral resolveu ir junto pra constatar algumas informações sobre
alto consumo de óleo diesel.
O americano queria saber se a
quantidade de óleo era mesmo aquela da requisição. Mas, no meio da viagem, o
yankie dormiu e, nesse ínterim, os homens trataram de colocar um mangueiro na
boca do tambor e despejaram o combustível no rio. Assim, o gringo, ao acordar,
foi verificar que o produto era mesmo consumido pela potente máquina do
empurrador.
Mas o delator da façanha não se
contentou. Ele era peça vital na informação, já que também era um dos
tripulantes da embarcação. Conhecedor profundo do esquema, portanto, resolveu
se dirigir a um dos gerentes brasileiros. Contou tudo em pormenores. O gerente
brasileiro disse: “Eu já sabia há um tempão dessa roubalheira. Mas agora já
chegou aos limites! Vou tirar todos e colocá-los pra trabalhar sob o sol.” Dito
e feito!
Nas semanas seguintes, apenas
escapou o cozinheiro. A troca foi geral. Mas, no meio da moçada estava, sob sol
escaldante, o próprio delator, a puxar pesados cabos de aço!
No fim da história, meu amigo me
disse que ao delatar a equipe da embarcação, o delator ou cagueta (como por
aqui é conhecido) não sabia que o gerente brasileiro também tinha seus “jacarés”
e não ficou nada contente em ver um denunciador destruir um comparsa.
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