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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Desapropriação em 200 dias

Bom, não deixa de ser notório que o prefeito de Portel inaugurou escolas, academia, limpou ruas, etc. Mas, dentre as 10 realizações postadas, de forma a comemorar os 200 dias de mandato pela assessoria importada, o sexto item chama a atenção, que é a revitalização do Mercadão.

O Mercadão foi construído na gestão de Felizardo Diniz e ficou parado por longos anos e, sem opção de local para vender seus produtos, o vendedor de peixe acabou indo mesmo para as ruas, fato que pode ser observado por qualquer pessoa,  tanto os moradores quanto os turistas (duristas também).

Eles estão na Rua da Vivência, próximo da propalada Academia da Saúde. Também são encontrados na frente da Igreja Matriz, na Floriano Peixoto, assim como atrás dessa igreja, na rua Magalhães Barata. Como ostentação de falta de atenção dos governantes passados, inclusive do assessor de 10 mil reais, Pedro Barbosa, os vendedores ficam com suas geladeiras no canto da Magalhães com a Severiano de Moura (esquina da escola Paulino de Brito). Como se fosse um protesto silencioso (pura fantasia, porque essa gente não sabe fazer protestos ainda), os vendedores ficaram por longo tempo sob o sol e chuva, enquanto que o Mercadão servia de abrigo para loja de roupas, oficina de celulares, mercantil de secos e molhados e até de depósito de materiais pertencentes a particulares. Havia até um morador lá dentro que se dizia dono do espaço! Onde já se viu??!

No entanto, apesar da onda de desapropriação jamais vista antes na cidade de Portel, o Mercadinho, aquele situado no canto da Magalhães com a Duque de Caxias, não foi desocupado. Por quê, senhor prefeito? Afinal o senhor mesmo prometeu desapropriar o histórico patrimônio público, criado, salvo engano, na administração de Othon Fialho, no tempo em que dinheiro vinha em sacola.

Parece que a onda ocupação de prédios públicos dominou mesmo a Magalhães Barata, pois subindo mais um pouco, encontramos o antigo Grupinho situado entre a 10 de Dezembro e a Jarbas Passarinho. Este foi um lugar onde muitas pessoas estudaram, senhor prefeito, é histórico, homem! Caso o senhor prefeito retire os invasores, dê a eles uma das casas populares, já que ali tem gente com propriedades em outros bairros e, lá mesmo, com até duas residências! Prédio histórico tem que ser retomado, senhor prefeito!

Noutra postagem, referíamos a uma garagem e um bar que insistem em não sair. Qual a relação com o poder? Protecionismo barato! Ora, convenhamos! Os interesses falam mais alto mesmo, pois a Dona Helena, o Pão Torrado e a esposa do finado Pires perderam seus pontos de venda porque há interesse em construir um supermercado no local. O povo humilde é mesmo o otário da história. Ou não?

Portanto, nos próximos 200 dias de seu governo, voltarei a postar com fartos elogios, caso tome o Mercadinho e o Grupinho. Ao elogiar e criticar, é bom lembrar as palavras de Jesus, “Dai a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus!”


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