Sai primeira enquete sobre o governo de Paulo Ferreira

47% disseram que o governo está péssimo
40% disseram que o governo de Paulo é ótimo
13% disseram que está ruim

O blog Educadores de Portel realizou a primeira enquete sobre os seis primeiros meses de administração de Portel pelo senhor Vicente de Paulo Ferreira de Oliveira, o Paulo do Posto, candidato pelo PP e apoiado pelo ex-prefeito Pedro Barbosa.

A enquete durou cinco dias, do dia 15 ao dia 20 de junho. Como resultado, os eleitores não se mostraram satisfeitos com o desempenho de Paulo Ferreira. Entre um dos motivos da impopularidade é a falta de recursos que emperram ações mais energéticas para sanar problemas do município e isso só foi possível graças ao endividamento que Pedro Barbosa deixou para Paulo Oliveira. Os 14 quilômetros de asfalto, por exemplo, que o prefeito pleiteia junto ao governo federal ainda não foram liberados por conta de falta de prestação de contas, ou seja, o município está inadimplente junto à União.

40% dos participantes da enquete, no entanto, mostraram-se satisfeitos com as ações do prefeito. A resposta ao quesito "bom" está ligada ao empenho em manter as ruas limpas, restauração de praças, iluminação pública e reordenamento da frente da cidade com a remoção de barracos dos ambulantes. Ainda não se pode falar da questão da educação com relação ao aprendizado dos alunos, porém é possível ver com clareza que há satisfação com o transporte, tanto da zona urbana quanto rural, apesar de reclamações sobre os barcos neste último.

Apenas 13% disseram que o governo está "ruim", aí podendo ser elencados problemas relacionados à manutenção de pessoas do governo passado, algumas inclusive enveredaram pelos caminhos sórdidos da corrupção. A prestação de contas, por outro lado, responde negativamente por esses números. Só neste início de governo é que, por força da lei, o governo municipal criou um site para dar transparência às ações do executivo. Esse fator foi um dos pontos fracos de Pedro Barbosa, o qual, foi incapaz de manter prestações de contas durante seu governo, ainda que tenha sido uma das promessas de campanha.

Em relação ao quesito "péssimo", o percentual foi de 47%. Como o governo recebeu uma prefeitura com mais de 30 milhões em dívidas, nota-se um descontentamento profundo acerca do nível de corrupção reinante no município de Portel. Após ter ciência dos fatos, o prefeito Paulo do Posto foi incapaz de promover denúncias contra seu próprio criador, o ex-prefeito Pedro Barbosa e acabou nomeando-o assessor com um salário de 10 mil reais. Além de assegurar cinco secretarias, a maior parte dos corruptos do governo de Pedro foram mantidos, soando como uma afronta aos olhares dos eleitores, pois enquanto o país inteiro se manifesta nas ruas contra essas práticas, aqui parece se firmar o ditado de que o crime compensa.

O desemprego também é um fator que contribui negativamente na opinião pública, com um setor madeireiro falido e explorado por pessoas que não respeitam as leis ambientais e cujas punições são escolhidas a dedo, manchando até o nome de instituições de respeito. É por isso que as Induspan são bem populares nas mãos de madeireiros ilegais, cujos tentáculos se entremeiam no governo municipal. Fora isso, fiscais abusam das propinas, castigando ainda mais a ilegalidade do setor.

Paralela ao emprego vem a questão da violência, que não se tem solução prática. Durante o governo de Pedro Barbosa e até mesmo no processo de campanha, falou-se muito numa guarda municipal que nunca saiu do papel ou do discurso. Também não se vê nenhuma ação como criação de grupos gestores de combate à violência, com instalação de cãmeras e o controle da movimentação de deliquentes nas ruas da cidade, especialmente na madrugada.

Se a violência é chamativa por ganharem destaque na rádio, nas duas TV's e na Internet, o tráfico de drogas se acentua cada vez mais, tornando-se mais profissional e dominado por pessoas da alta sociedade. Esse envolvimento com o narcotráfico provoca uma série de crimes e não há ações que prendam grandes quantidades de drogas como nos municípios vizinhos, apenas puquecas de maconha e cocaína.