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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Aula inaugural marca a chegada do Parfor em Melgaço, no Marajó


A prefeitura de Melgaço, no Marajó, realizou no início da etapa de julho a aula inaugural do Parfor no município, que, pela primeira vez, será polo de três turmas do Parfor UFPA. O evento contou com a participação do prefeito da cidade, Adiel Moura, do coordenador do campus de Breves, professor Raimundo Sócrates, do coordenador geral do Parfor, professor Márcio Nascimento e dos coordenadores dos cursos de Matemática, prof. Juaci Picanço, de Ciências Naturais, prof. Lucídia Santiago e de Pedagogia, prof. Ludetana Araújo, além de autoridades locais e do município vizinho de Portel.

A aula magna “Trajetórias da educação em Melgaço: conquistas e desafios” ocorreu no ginásio de esportes Raimundo Nonato Farias e reuniu os alunos das três turmas do Parfor. Na ocasião, foi lançado um livro, de autoria do professor Agenor Sarraf, assessor do prefeito, que destaca a história de Melgaço desde a sua fundação, ressaltando a importância do município para a região.

Em agosto de 2013, o prefeito havia procurado a coordenação do Parfor em Belém para solicitar a implantação de turmas para investir na qualificação dos professores e melhoria da educação básica do município. Em uma reunião realizada na UFPA, Adiel entregou para o professor Márcio Nascimento e para o vice-reitor da UFPA, Horácio Schneider, o termo de compromisso da prefeitura, destacando a boa infraestrutura e condições de ofertar o curso na cidade.

De acordo com a prefeitura, o município tem 160 professores que atuam da pré-escola ao 5º ano sem formação em nível superior. “É a partir da formação de nível superior do professor que a educação pode melhorar esses índices de qualidade do ensino. A maioria da população mora no espaço rural, é essa população que nós precisamos atender”, afirmou o professor Agenor.
Depois do evento, as coordenações de curso visitaram as escolas onde será realizada a etapa intensiva do Plano. A coordenação do curso de matemática fez uma orientação acadêmica minuciosa, explicando os objetivos e o funcionamento do curso, bem como os direitos e deveres de cada personagem no curso.
“Todos na cidade e a turma nos receberam muitíssimo bem e nos pareceu que, não só a turma, mas a cidade toda está bastante empolgada com este novo e grande desafio”, afirmou a professora Joelma Morbach, coordenadora adjunta do curso de matemática.
Para a professora Joelma, a dificuldade dos alunos do ensino básico em aprender matemática é um reflexo da dificuldade que os professores têm de ensinar a matemática, seja por falta de conteúdo ou por falta de novas metodologias e instrumentos de ensino da matemática. “Nesse sentido, nosso curso pretende oferecer esses e outros subsídios, como por exemplo, o ensino de alguns softwares matemáticos, libras e educação inclusiva com um psicólogo, que tornem melhores e mais efetivos tanto o ensino quanto a aprendizagem da matemática”, explica a professora.

“Acreditamos também que a contribuição do curso vai além do processo de ensino/aprendizagem de matemática, uma vez que qualquer curso em nível superior ofertado, de modo sério, em um município com poucas oportunidades, como a maioria dos municípios paraenses, dentre eles Melgaço, torna-se acima de tudo um resgate da cidadania”, afirmou a prof. Joelma.

Coordenação visita o município de Bagre - A região do Marajó tem recebido uma atenção especial do Parfor. Na mesma viagem, o coordenador geral do Parfor UFPA, professor Márcio Nascimento, visitou o município de Bagre, onde participou de uma audiência na câmara dos vereadores. Em seu discurso, o coordenador sinalizou a possibilidade de implantação de duas turmas na cidade.

Para ele, o município se transforma com cursos como os do Parfor. “Uma transformação é feita em cada município. Esses professores mudam suas aulas nesse contato com a universidade”, afirma.

De acordo com o professor, as demais instituições que participam do Parfor optam por criarem turmas em grandes polos, mas o diferencial da UFPA é chegar em lugares que a universidade nunca foi. “Resolvemos abrir turmas onde a universidade ainda não havia chegado. O Parfor tem 54 polos e o Marajó é olhado com atenção”, disse o professor em seu discurso.

“Tem que ver a demanda, em geral tem Pedagogia, Matemática e Língua Portuguesa. Temos que pensar nesse calendário com certa urgência para implantar as turmas em 2015. A Plataforma Freire abre para os municípios suas demandas no final de agosto”, alertou o professor, que citou ainda as condições físicas adequadas para a implantação dos cursos, como salas climatizadas, biblioteca e laboratórios de informática com acesso à internet.

Texto: Thais Rezende - ASCOM Parfor
Fotos: Danilo Malato
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Publicado em: 10.07.2014

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