Furtos em residência: uma dica valiosa

Esta semana voltei a Portel para dar continuidade a investigação ao furto que houve na casa do meu irmão Rozenildo, um pedagogo bastante conhecido em Portel e Breves pela sua simplicidade e humildade. Veja só no que resultou a viagem. Fiquem atentos porque pode acontecer com você também, caro leitor.

O ladrão é filho de um excelente prestador de serviços a domicílio. Aliás, de procedência bem honesta. Infelizmente, para a vergonha dos avós, sai uma peste dessas que é a OVELHA NEGRA DA FAMÍLIA. Como esse viciado em drogas às vezes acompanha o pai nos serviços de reparos (não vou dizer a profissão, senão vai ser fácil identificar), o rapaz marca a casa, detectando todas as vulnerabilidades e entra com a maior facilidade, sem arrombamentos.

Aliás, esse elemento já foi preso e é cliente da delegacia de Portel. Seu alvo são pertences de valores altos, bem aceitos pelas bocas de fumo por serem bastante comercializáveis com receptadores que muitas vezes encomendam tais produtos antecipadamente. Ele age sozinho e nesse último furto acabou deixando um par de sapatos no local do crime.

Pois bem. O que consta nos resultados das minhas incursões é que este Ovelha Negra deixou o produto do roubo numa boca de fumo do bairro do Muruci, cujo dono do ponto de tráfico já esteve preso na Operação Arucará, comandada pelo delegado Eder Mauro. Como o elemento detém proteção política, nada aconteceu neste fim de semana a este rapaz que também vem de uma família pobre, mas honrada, cujos avós e pais conheço e conheci, pois alguns já se foram para o Além.

Com estas dicas sobre como a casa da gente é "estudada" pelos bandidos, vai mais uma: cuidado com quem você admite entrada em sua residência. Caso contrário, seus pertences vão parar, invariavelmente, numa boca de fumo.