Não seria mais viável comprar do que alugar? |
Sobreveio uma avalanche, um verdadeiro solavanco na opinião
pública a respeito do distrato de 1200 servidores públicos da prefeitura de
Portel com sérias consequências em múltiplas esferas da sociedade e política.
Tanto que o prefeito Paulo Ferreira foi vaiado ao discursar no ginásio de
esportes municipal, como vi numa gravação feita por câmera de celular.
E as medidas não tão amistosas continuarão, no sentido de
desafogar a prefeitura, um enxugamento da máquina que carrega nas costas o peso
de uma sociedade sem emprego, sem indústrias e projeto econômico de
desenvolvimento. As vaias continuaram em outros logradouros públicos, a ponto
de assessores pensarem na possibilidade de não expor o gestor público a outros
constrangimentos.
Desta vez, a informação é de que o excessivo número de diretores
e vice-diretores escolares deverá diminuir no próximo semestre. Em tom de
piada, dizem os ribeirinhos dos quatro rios de Portel que há tantos diretores
que estes vão para a cidade por falta do que fazer quando a merenda acaba, ou
seja, são apenas entregadores de merenda. E como merenda não tem todo dia, há
mão de obra desocupada demais e dinheiro de menos.
Quem são os donos dessas máquinas? |
No entanto, há quem pense que os cortes estão no patamar
raso e que os caminhões e tratores alugados é que deveriam ceder à compra de
veículos para que a prefeitura disponha de uma frota própria. Ouvi uma
doméstica dizer algo a esse respeito que tem minha aprovação. D. Maria, assim a
nomeio ficticiamente, alugou três propriedades após o seu “ajuntamento” com Seu
João (novamente um nome fictício, para evitar a volta dos coronéis e tamanha
ditadura contra a liberdade de expressão) até a aquisição de um terreno por
meio de invasão. “É um dinheiro que a gente não vê mais voltar”. E complementa:
“O gasto na construção da nossa casa valeu a pena porque essa podemos dizer que
é nossa”.
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