Dizem que quando a oferta é muito grande o santo desconfia.
Pensei nessa máxima quando avistei um carro da prestadora de serviços
terceirizados da companhia de energia elétrica hoje pela manhã. O que tem a ver
o santo nessa história?
Bem, o pensamento do inocente é de que finalmente o povo do
bairro da Cidade Nova do município de Breves recebeu atenção das autoridades,
afinal as trocas das redes antigas estavam sendo substituídas por novas e, com
isso, diminuiriam as quedas de tensão e seus consequentes danos aos
eletrodomésticos.
Ficou tudo muito chato, porém, quando os eletricistas, ao
religar os cabos às residências, pediam um cartão de energia mais recente. Epa!
Muitos não tinham como comprovar! Logo correu a notícia que a região é dominada
por ligações clandestinas, com a predominância dos famosos “gatos”.
À noite, eu voltava de uma reunião e percebia que muitas
casas estavam no escuro. À minha frente um rapaz caminhava ao lado de duas
moças, tendo uma criança no seu ombro, a gritar: “cortaram até a energia da
igreja. Até o pastor fazia gato”. Uma das moças dizia: “Eu que não quero ficar
perto dum cara desses que se diz pastor e furta energia”.
Por isso que o ditado popular afirma que quando a oferta é
grande o santo desconfia, do que se entende que quando uma empresa dessas dá
com uma mão, já retira com outra.
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