Ao chegar na penúltima semana do
curso de Pedagogia pela UFPA (Universidade Federal do Pará), os acadêmicos
podem, desde já, notar uma grande diferença entre a formação a nível
fundamental e médio. Em termos de produção de texto, será que cumprem as expectativas
ao estar numa instituição da maior credibilidade no norte do Brasil?
Para muitos colegas, foi um
grande desafio, notadamente aqueles que foram submetidos a uma educação rígida,
nos moldes tradicionais. Entre eles está a autonomia que, dentre outros traços,
demonstra dificuldades de expressão ao apresentar um seminário, por exemplo. Se
para alguns acadêmicos a habilidade com as palavras não se constitui em nenhum
dilema, para outros a produção oral decorrente de leituras diversas não se
mostra com tal produtividade.
Falar todo mundo fala e olha que
há alguns com maior propensão no uso da língua, desde uma simples conversa até
uma palestra para centenas de pessoas, sem tremer ou gaguejar. E se voltarmos
para a produção de textos? Aí o bicho pode pegar seriamente! Não sei precisar
exatamente qual ou quais as origens dessa falta de habilidade, mas há quem
arrisque em dizer que se trata da falta de leitura.
Quando eu ainda engatinhava na
seara da redação, lembro muito bem de um livro que comprei através do serviço
postal de reembolso e havia umas dicas interessantes. Entre elas dizia que a
pessoa que não sabe entabular uma conversa é porque não conhece os vocábulos
apropriados. Por conseguinte, o autor dizia que para se conseguir um bom
vocabulário se faz mister ler. E para escrever também.
Vi com ar de preocupação um grupo
de acadêmicos tentaram mudar a forma de se avaliar. Ao conseguir esse intento,
graças a possibilidade da flexibilização, abusou-se das permivissidades em até
deixar de produzir textos. Ora, nesse tocante, se torna extremamente perigoso,
uma vez que a culminância será, inevitavelmente, escrita. Sobrevirão, ao final
do curso, estágios que serão apresentados por meio de relatórios ESCRITOS. No
mesmo feitio, há também o temível TCC, que é o Trabalho de Conclusão de Curso.
É o primeiro livro do acadêmico e o professor pesquisador deverá ser um bom
escritor. Por hoje chega que é hora de jantar. Inté, pessoá!
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