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terça-feira, 1 de julho de 2014

Portel: Conselho do FUNDEB aprova contas do PNATE num mar de dúvidas



Nesta quarta-feira estive reunido com mais seis membros do Conselho do Fundeb para aprovação (não digo nem avaliação) do recurso do PNATE e fiquei novamente assombrado.

Não que eu tenha visto fantasmas na Casa dos Conselhos – que fica localizado próximo à Praça da Bandeira -, mas pela atitude irresponsável com que, ainda que sustentada em argumentos fúteis, os companheiros votam de olhos fechados.

Seria até desprovido de honestidade  de comigo mesmo pensar em apoiar, com severa pinta de leviandade, votar favoravelmente numa conta que, no mínimo, revela-se permeada de indagações e dúvidas, a saber:

Os recibos apresentados não possuíam assinaturas dos barqueiros;

A única destinação palpável é a transferência online para a conta de Luis Rebelo, que ganha todas as licitações de fornecimento de combustível;

Há uma aplicação financeira que mereceria comentário de alguém com maior conhecimento e propriedade para falar em finanças do que pais de alunos, alunos e diretores de escolas. Nesse caso, o contador, que é pago pelos cidadãos contribuintes de Portel, nem deu as caras. Possivelmente de propósito; 

Que o escasso prazo, alegadamente usado para encobrir votações favoráveis por parte de pessoas cheias de privilégios, inclusive até de licitações, datava de seis de junho do corrente . Alíás, nesse sentido já houve até licitação no valor de mais de 1 milhão e 200 mil reais, que causou a revolta do beneficiado: achou pouco;

Lá, pelo menos, descobri que o primeiro barqueiro se chama Rui Sapo, no Alto Pacajá. E que tal descoberta leva, ainda que preventivamente, ao propositor da criação do transporte escolar que arromba os cofres públicos, precisamente o FUNDEB que, como o Bolsa Família, é irretirável. Para isso, a SEMED terá que desfazer esses nós. Infelizmente, não dará conta da gatunagem ao que, na ausência da ingenuidade, existirá por muito tempo.

Se nos rios o gasto feito com barcos é alto, na cidade há 11 ônibus a sangrar cerca de 200 mil reais por mês. Na área da empresa Cikel há outros 2 ônibus para percorrer 500 metros e dar meia volta e percorrer mais 500 metros. Ribeirinhos dizem que esse gasto é inútil. Sem falar nos assentos dos bancos dos ônibus que trafegam na cidade, que custam o valor do salário do monitor, e são diariamente danificados pelos estudantes de escolas de anos mais elevados como Paulino de Brito. Os cortes nos bancos são feitos por meio de canivetes e facas, arma branca carregada por estudantes.

Em junho de 2013 havia 145 barqueiros e Rebelo faturava R$ 22.182,89.
Em julho de 2013, 170 barqueiros e Rebelo Faturava R$  21.185,90.
Em agosto de 2013 havia 145 barqueiros
Não constava o volume referente ao mês de setembro.
Em novembro de 2013 havia 160 barqueiros. E rebelo faturava R$ 22.850,00.
Em outubro de 2013 havia 158 barqueiros e Rebelo faturou R$ 21.900,85.

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