Nesta quarta-feira estive reunido com mais seis membros do
Conselho do Fundeb para aprovação (não digo nem avaliação) do recurso do PNATE
e fiquei novamente assombrado.
Não que eu tenha visto fantasmas na Casa dos Conselhos – que
fica localizado próximo à Praça da Bandeira -, mas pela atitude irresponsável
com que, ainda que sustentada em argumentos fúteis, os companheiros votam de
olhos fechados.
Seria até desprovido de honestidade de comigo mesmo pensar em apoiar, com severa
pinta de leviandade, votar favoravelmente numa conta que, no mínimo, revela-se
permeada de indagações e dúvidas, a saber:
Os recibos apresentados não possuíam assinaturas dos
barqueiros;
A única destinação palpável é a transferência online para a
conta de Luis Rebelo, que ganha todas as licitações de fornecimento de
combustível;
Há uma aplicação financeira que mereceria comentário de
alguém com maior conhecimento e propriedade para falar em finanças do que pais
de alunos, alunos e diretores de escolas. Nesse caso, o contador, que é pago
pelos cidadãos contribuintes de Portel, nem deu as caras. Possivelmente de
propósito;
Que o escasso prazo, alegadamente usado para encobrir
votações favoráveis por parte de pessoas cheias de privilégios, inclusive até
de licitações, datava de seis de junho do corrente . Alíás, nesse sentido já
houve até licitação no valor de mais de 1 milhão e 200 mil reais, que causou a
revolta do beneficiado: achou pouco;
Lá, pelo menos, descobri que o primeiro barqueiro se chama
Rui Sapo, no Alto Pacajá. E que tal descoberta leva, ainda que preventivamente,
ao propositor da criação do transporte escolar que arromba os cofres públicos,
precisamente o FUNDEB que, como o Bolsa Família, é irretirável. Para isso, a
SEMED terá que desfazer esses nós. Infelizmente, não dará conta da gatunagem ao
que, na ausência da ingenuidade, existirá por muito tempo.
Se nos rios o gasto feito com barcos é alto, na cidade há 11
ônibus a sangrar cerca de 200 mil reais por mês. Na área da empresa Cikel há
outros 2 ônibus para percorrer 500 metros e dar meia volta e percorrer mais 500
metros. Ribeirinhos dizem que esse gasto é inútil. Sem falar nos assentos dos
bancos dos ônibus que trafegam na cidade, que custam o valor do salário do
monitor, e são diariamente danificados pelos estudantes de escolas de anos mais
elevados como Paulino de Brito. Os cortes nos bancos são feitos por meio de
canivetes e facas, arma branca carregada por estudantes.
Em junho de 2013 havia 145 barqueiros e Rebelo faturava R$
22.182,89.
Em julho de 2013, 170 barqueiros e Rebelo Faturava R$ 21.185,90.
Em agosto de 2013 havia 145 barqueiros
Não constava o volume referente ao mês de setembro.
Em novembro de 2013 havia 160 barqueiros. E rebelo faturava
R$ 22.850,00.
Em outubro de 2013 havia 158 barqueiros e Rebelo faturou R$
21.900,85.
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