Moradores
da cidade denunciaram que só recebem encomendas diretamente na sede
da empresa. Em algumas áreas da cidade os carteiros não entram mais
por falta de segurança.
O Ministério Público
Federal (MPF) busca um acordo com a Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos (EBCT) e com as autoridades da segurança pública para
regularizar a entrega de encomendas em Belém.
Na maior parte da
periferia da Região Metropolitana de Belém os carteiros não entram
desde o ano passado por causa da falta de segurança. São
consideradas áreas de risco grande parte dos bairros do Guamá,
Terra Firme, Barreiro, Pedreira, Telégrafo, Val-de-Cães e dos
municípios de Ananindeua e Marituba. Nessas áreas, de acordo com os
Correios, ocorreram quase 400 assaltos a carros e trabalhadores
fazendo entregas, entre os anos de 2008 e 2011. Houve significativa
redução nos anos de 2011 e 2012, mas em 2013 os assaltos voltaram a
subir, o que provocou a suspensão.
Para receber
encomendas, os cidadãos precisam se dirigir à sede dos Correios, no
centro da capital paraense. A investigação do MPF começou depois
de denúncias de moradores recebidas pela Sala do Cidadão
(www.cidadao.mpf.mp.br).
Os Correios informaram que foram tentadas alternativas como a
circulação em carros sem identificação, mas a violência
continuou. Várias ruas e perímetros dos bairros de Belém deixaram
de receber entregas por causa disso.
Representantes da
Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), da Polícia
Militar e dos Correios se reuniram em Belém com o procurador Bruno
Soares Valente e se responsabilizaram por preparar um plano piloto
para regularizar as entregas, com o apoio das forças de segurança.
O MPF deu prazo de 30 dias para que sejam apresentadas as medidas
para solucionar o problema. Os Correios anunciaram que de imediato
irão reiniciar as entregas em algumas ruas da cidade.
Ministério Público
Federal no Pará
Assessoria de
Comunicação
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