Estas duas histórias são do tempo do Bar
Flutuante, que apesar do nome, ficava em terra firme, bem no centro da cidade.
Pertencia ao Batelão, que foi vereador e fervoroso torcedor do Camel, cujo bar foi palco de muitos encontros de amigos.
O imitador de araras
Estava sentado neste bar um
vizinho meu que hoje é evangélico e não bebe mais, o qual, admirado com a
habilidade do Ararinha, resolveu mostrar ao delegado Rafael Gonzaga como este
menino fazia imitações de uma arara. Eu pessoalmente vi o Ararinha mostrar seu
talento durante uma festividade de N. Sra. De Nazaré, no Salão Paroquial e
achei demais. Era uma arara em pessoal e isso causava admiração.
Porém, nem todos sentem a mesma
coisa ao ouvir tal imitação. Assim, o delegado Rafael Gonzaga, que tem uma
escola em homenagem ao seu nome, desferiu violento bofete no rosto de Ararinha.
O menino, atordoado, quis saber o motivo. Rafael Gonzaga disse: “Tu gostarias
que alguém te arremedasse? Uma arara não gostaria que alguém saísse por aí
imitando ela.”
Os maconheiros e os vícios de cheirar
Outra história de Rafael Gonzaga
foi contada por um amigo. Segundo este cara, algumas pessoas fizeram queixas ao
delegado a respeito de alguns malandros que ficavam em certa esquina de rua da
cidade. Segundo os queixosos, estaria por ali Zé Bedeu e seus amigos, fumando
maconha e, ao passar uma mocinha bonita, por exemplo, estes mexiam com ela.
Desta forma, o delegado se
dirigiu ao local indicado, juntamente com dois policiais e deixaram a viatura
em local bem distante, para não dar alerta aos desocupados. Ao abordarem os
rapazes, o delegado obteve explicação de que não estavam fumando maconha.
Então, o degola cheirou as mãos de Zé Bedeu, no intuito de sentir vestígios da
erva. Assim, Rafael Gonzaga determinou aos policiais: “Prendam esses malandros”.
Zé Bedeu e sua turma perguntaram o motivo da prisão e Rafael disse: “Estavam
cheirando saco e isso também é vício”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário