Desta vez conto uma história
sobre a vida de prostituta, com resultado trágico e, ao mesmo tempo,
revoltante. A história que passo a contar veio à tona através de um amigo em
visita a sua terra natal, Portel. Meu amigo diz que o fato se deu no ano de 1978.
Alguns coleguinhas de infância
estavam à cata de cacos na propriedade de um americano que morava onde hoje se
situa o Hospital Wilson da Motta Silveira, quando alguém delatou ao gringo que
alguns moleques tinham invadido sua propriedade. Com medo do velho, correram em
direção onde hoje fica a casa de praia do Célio Alves. Ao tentarem se esconder
atrás de um arbusto, acabaram levantando uma nuvem de moscas. Olharam e viram
um corpo de mulher, já em estado de decomposição.
Após a descoberta do cadáver,
investigações da polícia apontaram para uma senhora da sociedade como a autora
do assassinato, hoje residente no estado do Amapá. Os investigadores
descobriram que a assassina estava grávida e seu marido procurou uma prostituta
na área denominada Remanso, zona portuária. O marido dessa senhora era
funcionário de uma empresa de navegação e, bêbado, teve a coragem de levar a
prosti à boate Shangrilá. No retorno, a esposa aguardava de tocaia e desferiu
uma facada fatal, causando a morte da profissional do sexo. Após a prisão da madame,
mulheres casadas, tidas como “da sociedade”, fizeram um abaixo-assinado pedindo
a anistia da assassina, o que veio a se concretizar.
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