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terça-feira, 10 de julho de 2012

ESCÂNDALO NA PARFOR: USO POLÍTICO PREJUDICA PROFESSORES


Mais um escândalo envolvendo o nome da secretaria mais endinheirada do município de Portel. Desta vez mancha o nome da PARFOR, a Plataforma Freire.

Segundo o relato de três professoras, a SEMED anunciou esta semana que seus nomes não foram contemplados no edital da PARFOR, acusando a entidade de não fazer o devido processo legal de inscrição, deixando de fora as acadêmicas após dois anos de estudos.

Em conversa telefônica com representantes da PARFOR em Belém, obtive  notícias de que o responsável pela indicação é a SEMED. Nesta, por sua vez, o atual Diretor de Ensino Pedro Cabral afirmou que desconhecia o fato, tomando ciência só a partir da cerimônia de abertura que aconteceu no Auditório Manarijó no início deste mês. Em reunião com o secretário de educação Paulo Hélio, este afirma que a SEMED não tem culpa, pois a seleção foi feita e encaminhada ao CEAP e este processo foi feito e não foi remetida a listagem dos alunos em lista de espera. Como a SEMED foi responsabilizada, o secretário pediu que seja feita uma exposição sucinta de como foi feito o processo e, caso a PARFOR não assuma suas responsabilidades, a própria SEMED tem intenção de entrar na justiça em favor dos alunos. Vale lembrar que esses acadêmicos possuem farta documentação que provam que a PARFOR estava ciente da situação, inclusive expediu declarações, assinadas pela vice-reitoria.

Apesar do jogo de responsabilidades (de quem é a culpa), já está mais do que evidente de que a SEMED tem suas influências bem definidas, haja vista que a maior parte dos alunos listados no curso são parentes e amigos de pessoas que exercem cargo de confiança na secretaria de educação. Após três anos tentando fazer inscrição na Plataforma Freire, eu mesmo nunca consegui obter uma vaga, inclusive preenchendo documento e entregando a diretor da escola onde trabalhava. A motivação seria a minha briga com o fedorento governo  que aí está. A minha esposa, uma das acadêmicas prejudicadas, foi banida do curso por causa do meu posicionamento político. A outra ofendida é esposa de ex-apoiador de Pedro Barbosa, agora do lado de Nenem Nascimento. Tal fato só demonstra que se trata de perseguição política e que a PARFOR precisa urgentemente mudar os procedimentos para dar igualdade de oportunidade às pessoas.

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