A falta de conhecimento das
ciências aplicadas à evolução de uma campanha política já recorreu a segmentos
diversos do puro empirismo. Não é à toa que houve candidatos com aproximação
aos detentores de terreiros de macumba e outros. Nesse sentido, passo a contar aos fiéis
leitores do blog Educadores de Portel a história de Mãe Joana, que foi trazida
por um prefeito. Mas não tem nada a ver com o prefeito. A personagem principal
é a Mãe Joana.
Naqueles tempos, anos em que
Rafael Gonzaga era o fabuloso delegado de polícia, de cujo braço direito ficava
Ofir. Ocorre que um tal Morelli saiu para caçar e não retornou. A família
esperou um, dois, três e... pensou na macumbeira. Esta se chamava Mãe Joana,
mulher negra, tida como conhecedora profunda das coisas do além.
Mãe Joana foi convocada e a
família pediu que esta indicasse o paradeiro de Morelli. Concentrou-se (“incorporou”,
este é o termo) e declarou: “Este jovem está morto!”, disse a mãe de santo. A
família caiu em prantos. E aí fizeram todo o cerimonial que um bom defunto
merece: café, vigília, ladainha, missa de sétimo dia. Foi então que lá apareceu
o morto, vivinho em pessoa.
A família, obviamente enfurecida
com a falsa predição da macumbeira, comunicou o fato ao delegado Rafael
Gonzaga. Este perguntou à espírita, que respondeu: “Errei”. Então o delegado se virou para Ofir e disse “Recolha
à cela a Mãe Joana, para que esta não erre mais”. Lá se foi a macumbeira para
trás das grades.
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