Aumenta interesse dos eleitores a respeito das pesquisas eleitorais em Portel. Com menos de 40 dias para a escolha do futuro prefeito e vereadores, a cidade vive uma angústia, sobretudo porque a cidade está dividida. Não é a toa. São seis candidatos a prefeito e mais de 100 candidatos a vereança.
Ficamos felizes de contar com tanta pesquisa registrada nas estatísticas do blog, no interesse que as pessoas tem em relação aos candidatos. Nós não temos pesquisas, como já frisamos em outra postagem, a ponto de divulgá-las, já que as existentes são para consumo interno. Apesar disso, esse fato não pode passar despercebido, pois as pessoas gostariam de saber se seus candidatos estão na frente ou se estão perdendo.
Hoje se eu conversar com o pessoal do Nenem, estes vão dizer que estão bem. Se a conversa for com o povo do Ery, estes vão mais além, dizem que o candidato já ganhou. Se dermos ouvido ao povo de Zaqueu, vão dizer que estão bem cotados. Se for os correligionários de Paulo Oliveira, vão dizer que tem muitas chances, pois o amuleto Pedro Barbosa está o apoiando e um velho guerreiro não perde uma. Caso questione a turma de Miro Pereira, também estão muito avaliados pela opinião pública. Ou seja, todos estão na dianteira. Mas só existe uma vaga de prefeito e ninguém pode chegar junto e criar subprefeituras para acomodar este ou aquele. O certo é que cinco vão perder. Um ganhará.
Ao comentário acima pode-se acrescentar ainda os poderes paralelos das igrejas. Não se esconde o fato de que o pastor vitalício Gabriel, presidente da Assembléia de Deus, apoia o pastor Ery. Semelhante a uma máquina estatal, a episcopal é mais silenciosa, com campanhas nas reuniões de vigília em que se ouve: "Crente vota em crente", um trabalho que se identifica com os propósitos da igreja Universal do Reino de Deus, que tem a missão de estabelecer seus membros mais destacados para ocupar cargos políticos nas mais variadas esferas do governo federal, estadual e municipal. Seguir essa tendência está me parecendo muito perigosa, pois em vez de propormos a união do povo de Deus, estamos conduzindo as ovelhas para o precipício do segregacionismo. Ao contrário disso, deveríamos ter mesmo o temor de Deus e nos atermos a atitudes que proponha a união entre as pessoas. Mas como propor união com interesses tão díspares?
Antes que alguém venha dizer que estou atacando os evangélicos, digo que a igreja católica também se manifestou publicamente contra as atitudes da assembléia de deus, numa carta lida durante a missa do domingo passado e já em mãos das muitas comunidades do interior. Temo eu de que o entendimento do povo seja outro e não essa querela por mais poderes que proporcionem uma produção de fiéis e construção de patrimônio e estrutura de uma igreja. Ouso falar disso porque o meu entendimento quanto ao desenvolvimento de uma civilização passa bem mais adiante dessa realidade sem futuro definido, a não ser o caos. Assim, deveríamos agir enquanto é tempo. A hora é esta de cobrarmos mais transparências nas nossas ações, especialmente nas prestações de contas. Aí estaríamos nos juntando todas as denominações, entidades sindicais, associações, para estabelecer algo mais dignificante para a nossa sociedade que não pode viver sob o manto da obscuridade. Nós não sabemos, por exemplo, o que acontece com o IMPP, a tesouraria da prefeitura (SEGAF), a tesouraria do FUNDEB (que faz os "zolhudos" ambicionar o cargo de secretário por causa da alta soma de dinheiro que por ali passa), a tesouraria da saúde. Sei que vou causar a ira dos gestores. Mas... alguém viu alguma prestação de contas ultimamente? Eu desafio esses linguarudos e bons de lábia e argumentos a me provar se houve prestação de contas. E prestação de contas tem que ser pública e não para uns seis gatos pingados. Eu que não confio nesses conselhos, principalmente quando saem por aí defendendo o governo, como se este fosse seu papel.
Só para citar um exemplo, quando eu fui secretário da Associação do Bairro do Pinho, a população acreditava tanto nas nossas ações que chegavam a doar sua força de trabalho quando não tinha dinheiro para contribuir. Vi carpinteiros sob o sol, construindo a sede. O empresário Juarez Paranhos contribuiu muito com nosso trabalho comunitário, doando madeira e até caminhão de sua empresa. Cada centavo que era empregado tinha que ser comunicado em reunião. Tinha como nos chamarmos de ladrão como o fazem deste ou daquele gestor? Não, porque havia a bendita prestação de contas. Governo que não presta contas nunca vai sair de uma função para outra. Se é vereador, acaba como vereador. Se é prefeito, nunca vai nos representar junto ao estado como deputado estadual, nem representar o estado como deputado federal. E o fim de muitos dos nossos políticos foi lamentável, não conseguiram mais se eleger pra nada. Creio que até para presidente de associação de bairro não ganha.
Diante de tudo isso, espero que as ânsias sobre pesquisa eleitoral seja satisfeita de uma forma direta: cobrar dos seus candidatos uma abertura maior em termos de transparência. Aí meus amigos, seus candidatos vão se eleger por dois mandatos consecutivos e ainda fazer um sucessor. E com folga.
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