Uma pesquisa mostrou que o
eleitor portelense tem muito interesse na eleição, 37%. Não obstante, o
interesse médio, 26,2%, os que tem pouco interesse são apenas 19, 40%. Mas, o
que surpreendeu mesmo foi a taxa de pessoas que não tem nenhum interesse:
15,8%.
Embora os dados em relação ao
interesse seja algo particular dos eleitores, uma pergunta aponta os possíveis
motivos da falta de interesse. 58,4% dos eleitores disseram que o candidato,
para merecer seu voto, tem que ser honesto, ético e comprometido com a coisa
pública. Para aqueles que acreditam que nenhum político presta e que todos
acabam se tornando ou se mostrando ladrão ao pegar o cargo, ter experiência
administrativa, carisma e a pecha de que “rouba, mas faz”, 21,60% pode
contribuir para a eleição de um corrupto. Ou seja, o eleitor pode conhecer o
passado de ladrão, assaltante, quadrilheiro e acabar votando no candidato sujo
mesmo assim? Não se trata desse tipo de passado, mas enquanto exerce o cargo de
prefeito ou outro administrador de secretarias que movimente dinheiro. Em outras
palavras, se administrar e mostrar serviço, o colarinho branco pode sair de
fininho com sua nova fortuna, tipo um prêmio por ter se dedicado a deixar o
município melhor na aplicação dos recursos.
Embora o estudo seja
incontestável para a condição humana, só 6,2% acredita que preparo acadêmico,
técnico e científico não ajuda muito. Tal resposta pode estar condicionada ao
nível de escolaridade dos próprios entrevistados. Somente 2,29% dos eleitores
possuem ensino superior, enquanto que os analfabetos respondem por 24,26% do
universo pesquisado. Nas palavras de um ex-prefeito de Portel talvez se resuma
a leitura desses dados: “Cada povo tem o líder que merece”. Ou ainda: “O povo
vota em seu semelhante”, de acordo com a opinião de outro político portelense.
Pode ser verdade essa interpretação, mas provieram de ex-gestores com baixa
escolaridade também.
Mas, afinal, quem seria este
candidato? A pesquisa revelou que o candidato que receberá os votos é aquele
que detiver a melhor proposta, pois são 33,2% que lideram as entrevistas. Mas
ainda tem que se considerar o fato do candidato nunca ter governado antes, pois
a pesquisa mostrou que são 24,60%. No momento, outro quesito deve prevalecer, sobretudo porque todos os que estão aí nunca foram prefeito em Portel, nem Zaqueu, Nem Nenem, nem Paulo, nem Joãozinho, nem Ery, nem Miro Pereira. Mesmo que o eleitor não esteja exigindo alta
escolaridade, a pesquisa atestou que 15,4% requerem um candidato mais preparado
para governar.
O eleitor também disse, na
pesquisa, que a transmissão de votos é baixa. Só o apoio do governador do
Estado não elegeria um candidato a prefeito de Portel, pois contou somente com
1,6% dos entrevistados. Mesmo com um mais um pouco de influência, 9,8%, o
eleitor disse que votaria em um candidato apoiado pelo prefeito de Portel. Então,
senhores candidatos, vamos deixar de falar mal dos outros porque o povo já vê
isso nas novelas. Na vida real o povo quer algo mais propositivo.
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