A escola municipal Elmo Balbinot
está sem barqueiro há um bom tempo e, sem mais pra quem apelar, recorre ao blog
em busca de ajuda.
De acordo com ribeirinhos, os
alunos ribeirinhos estão sem frequentar a escola por falta de barqueiro. Além
dessa falta, os próprios barqueiros reclamam acerca da má remuneração dos
mesmos, fato que impede de ficar exercendo essa função.
De acordo com profissionais da
escola, já há sinais de cansaço e desânimo após reclamações junto a SEMED, que
não toma nenhuma providência. Ademais, caso os servidores insistam na
reivindicação há manifestação de retaliação. Diante disso, muitos alunos estão
fora da escola em decorrência da falta de transporte escolar.
Os pais dos alunos prejudicados
dizem que enquanto existem muitos ônibus em Portel pra nem tantos alunos, os
ribeirinhos são desprezados nas suas necessidades.
O maior motivo
do desinteresse dos proprietários de barcos da região é o triste pagamento do
aluguel ofertado aos barqueiros que é de R$ 600,00 (seiscentos reais), que não
paga nem o aluguel da embarcação. Ou seja, não existe a remuneração do condutor
desses barcos.
Considerando o fator pagamento de
aluguel, acreditam os barqueiros que é inviável um barqueiro se deslocar de Portel,
deixar família e ir para o campo com um valor desses, sem contar que o pagamento sempre atrasa.
Acusam também a má vontade do
gerente de transportes da SEMED, Cinésio Alencar, o qual faz os pobres coitados
ficarem numa fila gigantesca pra receber combustível todos os meses e no final, quem sofre com isso são os alunos
que ficam sem ir pra escola.
Os relatos apontam que ausência
de transporte escolar nos últimos dois meses e o paliativo usado foi a cedência
de um pouco de gasolina pelos próprios moradores ribeirinhos para trazerem seus
filhos de rabeta (canoa equipada com motor de popa). É um tipo de embarcação
que não oferece qualquer segurança às crianças no transporte escolar. No
entanto, essa gasolina nunca é suficiente e, quando acaba, não há condições dos
mesmos continuarem a trazer as crianças que ficam sem estudar. Estima-se que
mais de 90 alunos ficam sem ir a escola.
Na verdade não é só na escola
Elmo Balbinot que acontece isso. Em muitas outas escolas do campo vivem essa
problemática.
Segundo os pais de alunos, há
inúmeras reclamações feitas junto aos docentes, os quais recebem as famílias
reclamando sobre esse transporte. Tais pais pediram para citar nomes por temer
represálias, já que é comum a ação autoritária desses diretores escolares. Ao
final da denúncia feita ao blog, foi ratificada a reivindicação feita perante SEMED
e nenhuma solução foi tomada. "O semestre está
acabando com os alunos fora da escola", disse uma mãe de aluno.
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