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quinta-feira, 2 de maio de 2013

O mistério da 10 de dezembro


Teria sido lançada uma praga sobre a rua 10 de Dezembro? Uma maldição? Um olho mau? Ou seria falta de planejamento? Falta de força política?

O assunto é a falta de pavimentação. Comerciantes são prejudicados pelo lamaçal que toma conta de uma das mais famosas ruas que atravessa o bairro do Centro e Tijuca, a rua 10 de Dezembro. No momento em que conversava com um comerciante, vi senhoras idosas com dificuldades para caminharem na enlameada rua. Riram quando eu disse que a rua estava linda, toda esburacada e com poças de lamas do tamanho de uma piscina. Um motoqueiro quase cai, ao que o comerciante disse que naquele ponto já viu muitos transeuntes caírem.

Além do prejuízo causado aos comerciantes, as criancinhas da creche Clube de Mães são as mais prejudicadas, chegando à escola sujas de lama e chegam até a ser impedidas de estudarem.  
Não era para ser desse jeito, pois nessa rua já habitaram e ainda habitam políticos. Nessa via já morou a vereadora Trindade Alves, vereador Carlos Moura, vereadora Semone Moura, vereador Paixão. Atualmente, Semone Moura está no poder, defendendo bravamente Paulo Ferreira, mas a rua continua em abandono. Até seu irmão Carlos Moura já viveu por ali como vice-prefeito. Este foi o mais poderosos de todos, com uma bancada forte no Senado e Câmara dos Deputados, indo desde a governadora Ana Júlia Carepa e presidente Lula. Nem com todo esse apoio, Moura foi incapaz de levar asfalto a essa rua, onde mora sua própria genitora.

Os políticos ligados aos vereadores e vice-prefeito acima são: Miriquinho Batista, parente do ex-vereador Paixão, o qual tem subtraído votos dos portelenses há mais de vinte anos, sem aportes de verbas significantes. Miriquinho ainda está no poder e conta com o apoio de seus amigos, entre eles Carlos Moura. Mas não adianta, fica tudo na faz de conta. Outra figura venerada pelos petistas de Portel é o senador cassado Paulo Rocha que, na condição de deputado federal, não destinou nem sequer um pintinho para os portelenses criarem e tomarem um caldinho a ser servido na sua captura de votos. Outro deputado foi o Chico da Pesca e Alessandro, apoiados também pelos petistas no poder. Dizem que Beto Faro foi um dos que destinou verbas para asfalto para as outras ruas, exceto a rua 10 de Dezembro. A maldição, praga ou seja lá o que for, e tanta que quem ousa ajudar essa rua é cassado, com foi o caso do senador Paulo Rocha e Chico da Pesca. E olha que tem gente aí que vai ser enquadrada na Lei da Ficha Limpa. Aguardem esse agouro.

A rua é habitada por pessoas de classe média, com reduzido número de contribuintes de parcos recursos. Vê-se casas lindas, com fachadas suntuosas, carros novos, motos possantes, ostentação diminuída pela rua mal cuidada.

Indagado sobre a existência de uma associação, o comerciante disse que existe uma associação do bairro do Centro, mas não é atuante e nem sabe quem são os diretores. Talvez nem esteja regularizada, possivelmente esteja debaixo do sovaco de algum apanhiguado do governo. Nesse sentido, indaguei sobre a situação dos eleitores, ao que o comerciante disse que é bastante dividido, não tendo uma unanimidade em torno de uma demanda. Essa falta de prioridade deixa os políticos muito soltos, não definindo com clareza seus anseios. E mais: no geral, as pessoas da rua são parte dos governos que possuem a faca e queijo nas mãos, mas não fazem absolutamente nada para resolver o lamaçal. Do lado do governo, coitados, não podem cobrar as melhorias. Ou podem ao menos criticar?

Apesar de tentar vislumbrar as possíveis causas do desprezo que a rua vive à décadas, não se chegou a um denominador comum, permanecendo o mistério da Rua 10 de Dezembro. até parece que enterraram ali uma cabeça de burro.

As pessoas citadas podem fazer suas defesas nos comentários, caso tenham alguma argumentação. Políticos, moradores defensores do governo, “donos” de associação. Quem tomou banho nas piscinas também pode escrever parte de comentários ao pé desta publicação.

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