Faz um longo tempo que não atualizo este blog e as reclamações são grandes e entendo perfeitamente como é procurar uma informação e justamente o canal que te informa não deu a mínima. Lamento por isso, mas enfrentamos muitas adversidades em 2013 e, por conta disso também, o blog ficou sem atualizações, mas em neste mês o blog ganhará a independência que tinha antes.
É bom saber que as pessoas continuam acreditando no potencial do blog. Da parte dos professores, a choradeira foi grande. Muitos pediram informações na rua mesmo, já que não encontravam nada no blog a respeito do atraso que mexe com toda a economia do município. E não eram apenas os contratados. Os temporários também estavam aflitos. E o blog continuava em silêncio, como se estivesse vendido.
Mortes aconteceram e o blog continuava impassível. O fim de ano se aproximava rapidamente. Perdoei pessoas pelos erros cometidos, alguns até que mereceriam uma ação judicial, mas preferi dar tempo ao tempo e creio que essa foi a decisão mais acertada, apesar dos arranhões na imagem. Esta, no entanto, o tempo dirá se sou merecedor ou não das críticas e ataques pessoais. O importante é que eu tive a hombridade de perdoar.
Alguns dias antes do natal, estive lado a lado com os dois vereadores com quem tive problemas oriundos de minhas críticas, sendo que de um até apanhei num barzinho da cidade. O que ninguém esperava aconteceu. Um reencontro em público marcou uma cena inusitada. Sentei, no restaurante Arucará, junto com Enos Perdigão e Manoel Maranhense. Toques de mão, pedidos de reconsideração, elogios e muito rasga ceda. Para quem pensava que eu tinha um problema pessoal com Enos Perdigão, o momento disse, naquilo que nenhuma palavra foi capaz de dizer, somos capaz de brigar politicamente, mas não fisicamente ou ater-se a richas por questões de críticas. E esse é um ponto forte do blog: críticas. Quem não puder suportar, retire-se de cena e viva anonimamente, eis o conselho.
Mas não foi só isso. Tinha mais coisas que começaram a se desenrolar nos últimos anos que poderão ter seus efeitos nos próximos anos. Para dar um exemplo, cito o caso da greve de abril de 2013, movimento este que não era tido como provável de acontecer, dado o espírito calmo, pacífico, quase que morto, dos portelenses. E mais uma vez estava eu lá no meio dos outros coordenadores do SINTEPP e alguns professores com espírito guerreiro, a protestar pelo abono natalino. Não sei o que pensam as pessoas sobre o posicionamento do prefeito Paulo Ferreira. Mas em dois grandes encontros, ele mostrou sagacidade em me cumprimentar, enquanto que alguns apaniguados me olhavam torto, quase que com dois bagos de chumbo a querer me atravessar, ficaram pasmos ao ver o chefe do executivo municipal se aproximar de mim e tocar a minha mão. Aconteceu na Conferência Municipal de Saúde e também na posse do Conselho de Saúde. Atos simples que mostram que a contenda é política e não pessoal. Isso só mostra a maturidade dos seres.
Na dobrada do ano, estive na orla do Arucará, que nas propagandas dos comércios, restaurantes e outros serviços é anunciada como se Portel tivesse à beira do mar, quando na verdade só há mesmo rios, baías, uma cidade banhada por rios de água doce, como o majestoso rio Pacajá. Eu, esposa e nosso filho Wesley, juntamente com minha amiga Meres e sua irmã Sandra estávamos à beira da praia e assistimos a, dizem, explosão de cem mil fogos de artifício na virada do ano. Há quem diga que em cada rojão que explodia no céu havia o nome de um servidor contratado ou concursado ou mesmo dos barqueiros. Mas o povo tava feliz e depois foi embora pra casa como se o doce tivesse acabado e a geladeira ou o fogão estivesse vazio, pois a alucinação chegava ao fim.
Andei por diversos pontos da cidade e comi deliciosas comidas, como pato ao tucupi na casa do professor Josias, no âmago da Portelinha, o maior bairro de Portel. Nesse quesito, este novo bairro superou a Cidade Nova. Lá, pude perceber que o subsolo já começa a apodrecer e nenhum projeto de construção de fossas ou mesmo de saneamento básico está sendo edificado, não sei se pensado. Moscas verdes sobrevoavam o local onde assávamos churrasco e degustávamos feijoada, toscanas e muita cerveja. Rolava até jogos de cartas, tudo nas apostinhas de cinquenta centavos. Praia pertinho e muito vento. Maniçoba com folhas de plantas do próprio terreno do Josias. Uma tarde digna para lembrar situações que não podem ser esquecidas pelas festinhas de fim de ano, pois a vida continua e cá estamos de volta no blog mais popular de Portel.
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