Desde a sexta-feira, 10, um grupo de 10 professores se
reuniu na escola de ensino fundamental Graça Lima para avaliar cerca de 720
candidatos a emprego temporário de professor em Portel. As bancas foram
constituídas por um pedagogo e outro profissional da área específica e tinham a
missão, que acabou ontem à noite, de avaliar os candidatos para trabalharem na
cidade e no interior.
O fato é inusitado, pois os gestores sempre se vergaram aos
apelos de vereadores e outras personagens com poderes de interferir no processo
de contratação e lotação de professores, às vezes pondo em risco o futuro
educacional de milhares de crianças, pois muitos daqueles temporários não
tinham formação em magistério, mas simples CH.
A determinação partiu do prefeito de Portel, Paulo Ferreira,
após ouvir reclamações de diversos segmentos da sociedade, da imprensa e do
próprio sindicato da categoria, o SINTEPP. Em meados de abril de 2013, numa
tentativa bem sucedida de conter uma das maiores greves do município, prefeito
e sindicato da subsede e representantes do SINTEPP estadual montaram uma mesa
de negociação permanente e amarraram diversas demandas dos profissionais da
educação num termo assinado por ambas partes.
De acordo com professores que participaram do certame, só um
professor agiu “muito caxias”. Outras queixas foram em relação ao tempo
privilegiado que alguns candidatos tiveram, extrapolando os 15 minutos
estabelecidos na portaria 001/2014. Dizem que teve candidato que usou 20 e
outros até 40 minutos.
O nervosismo era percebível na maioria dos candidatos, antes
e durante a exposição didática que abrangia desde o planejamento, passando pela
metodologia até avaliação.
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