Hoje, por volta das nove horas, o repórter da rádio Arucará FM, Viola de
Jesus, entrevistou ao vivo a secretária de educação do município de Portel,
dentro do programa Estação Sucesso do apresentador Roberto de Deus. O programa
era aguardado por milhares de servidores públicos que estão sem receber o mês
de dezembro, não pago pelo atual secretário executivo da AMAM, Pedro Barbosa.
A secretária Valéria Ferreira, que é irmã do prefeito Paulo Ferreira,
afirmou que o SINTEPP não procurou para diálogo na SEMED.
RESPOSTA DO SINTEPP:
De acordo com a coordenadora de aposentados, Roseane Silva, o SINTEPP
protocolou dois ofícios com o intuito de solicitar reunião para tratar de
diversos assuntos numa pauta extensa que abordaria, entre outros, o pagamento
do 13º que até hoje não foi pago. Os encaminhamentos de solicitação foram
feitos através do ofício nº 036/13, 04 de março de 2013, recebido às 11h33 min.
Pelo setor de protocolo da SEMED. Noutra ocasião foi encaminhado semelhante
pedido através do ofício de nº 040/2013.
Além de acusar o sindicato de não tentar manter o diálogo, Ana Valéria
também afirmou categoricamente que o SINTEPP está jogando a categoria contra a
SEMED.
RESPOSTA DO SINTEPP
Com essa acusação, o SINTEPP reagiu de forma impiedosa, afirmando que
quem joga os servidores contra a SEMED é o próprio governo por não ter pago o
mês de dezembro. Além disso, joga, ela própria, a categoria pra cima de si ao
não prestar qualquer esclarecimentos que justifique, de forma oficial, os reais
motivos da não quitação do mês de dezembro. Entende o SINTEPP que quem fez a
lotação de forma arbitrária, obscura e desrespeitosa foi o próprio governo,
juntamente com vereadores despreparados. Ainda falando no desrespeito, indaga a
instituição sobre os mandantes da contratação de professores sem a mínima
habilitação para o exercício do cargo. Nesse quesito, o sindicato aponta casos
que estariam acontecendo numa das maiores escolas da zona urbana, a escola
Lourdes Brasil. Frisou ainda o sindicato sobre as precaríssimas condições de
trabalho oferecidas pela SEMED. Salientou ainda a categoria que o governo
municipal está a obrigar agentes de vigilância e de portaria trabalhar 12/36
sem isenção aos sábados, domingos e feriados. Ainda na questão trabalhista,
disse a entidade que a SEMED está desrespeitando as leis trabalhistas, a qual
diz que toda negociação trabalhista tem que ser negociada por intermédio do
sindicato conjuntamente com a categoria. Para encerrar essa resposta, o
sindicato asseverou que advogada e um funcionário expuseram a constrangimento e
humilhação os agentes de portaria durante uma reunião ocorrida na escola Rafael
Gonzaga, conforme relatos dos próprios agentes de portaria e que, finalmente, o
governo municipal é o responsável por manter um número de escolas insuficiente
para atender a demanda de alunos na idade escolar do município;
Outro motivo de ter jogado a opinião pública contra si mesmo foi o fato
de lotar alguns professores com apenas 100h nas últimas escolas dos rios Anapú,
Acutipereira, Camarapi e Pacajá, dando como exemplo o professor que mora numa
localidade no Pacajá, ou seja tem residência fixa, e foi mandado para outro
local distante de sua casa. Percebe-se, pela afirmação a seguir, que a
secretária Valéria cutucou a onça com vara curta, pois o SINTEPP jamais jogou a
categoria contra a SEMED, sendo, na verdade, o responsável por isso o gestor
que não pagou o mês de dezembro e de que tal inaptidão proveio do mesmo grupo
que apoiou o nome do atual prefeito.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
Segundo a secretária de educação, não existe perseguição política em
Portel. O SINTEPP acusa a secretaria, ao reduzir a carga horária, dos
professores, especialmente aqueles que detêm empréstimos consignados a honrar e
que, ao fazer tais reduções, fere frontalmente o salário dos mesmos. Embora a
secretária afirme que não exista a perseguição política e, que em vez disso, á
redução de carga horária em função de critérios como, por exemplo, de
professores que faltam aos seus horários de trabalho que ela mesma constatou.
Porém, muitos desses profissionais estão sendo vítimas de generalizações, pois
muitos professores sérios e comprometidos com seus serviços estão sendo
removidos de suas escolas e com redução de carga horária, assim como remoção
para lugares distantes e com apenas cem horas. Além disso, essas pessoas foram
aquelas que levantaram bandeira em apoio a outro candidato diverso do atual.
São inúmeros os casos registrados no prontuário do SINTEPP, cujo procedimento
foi encaminhar o caso ao Ministério Público e consequentes ações judiciais,
conforme o caso.
NEPOTISMO
Exibindo desagrado com as acusações da secretária de educação, o SINTEPP
chamou de imoral a nomeação de parentes do prefeito Paulo Ferreira, que nem o
Pedro Barbosa com todos os erros promovidos pela ex-secretária Rosãngela Fialho
e sua turma de superpedagogos nomeou os irmãos para ocupar cargo de secretário,
com exceção do Benedito Barboza, mas logo corrigiu o erro ao exonerar seu irmão
que ocupava o cargo de secretário de finanças. Para reforçar a afirmação, o
SINTEPP também disse que povo desconfia que está se tornando uma maldição na
cidade de Portel ao ficar tudo em família.
NÃO É SÓ PORTEL QUE ESTÁ ENROLADA COMO PAPEL HIGIÊNICO: SINTEPP CONTESTA
Ao ponderar a situação de inadimplência junto aos professores, a
secretária Ana Valéria Ferreira não é peculiar ao município de Portel, o
SINTEPP achou por bem esclarecer que muitos professores estudam em Breves e,
assim, têm contato com todos os colegas da região marajoara e estes afirmam com
todas as letras que tal falta de pagamento não aconteceu em suas respectivas
cidades. Además, ousam criticar muito a categoria de profissionais de Portel
por ter deixado acontecer esse problema gerado pelo grupo político de Paulo
Ferreira.
A categoria sindical cama a secretária de muito descarada ao afirmar que
não havia dinheiro na conta do Banco do Brasil, além de afirmar que não veio no
mês de dezembro. Lembrou o SINTEPP que qualquer cidadão pode verificar no site
bb.com/daf que lá pode verificar que foi depositado os seis milhões destinados
a Portel.
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