Nossa luta pela transparência continua. Aqui você sabe quanto foi repasado à conta do FUNDEB

DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O infortúnio das madeireiras em Portel



Famílias inteiras passam fome:


Com mais de 125 mil visitas, a gente se sente honrado em contar com um público ávido por notícias da região portelense. Pesquisas de diversos pontos do Brasil apontam para a questão da exploração madeireira em Portel. Assim, vamos dar uma breve olhada no que está acontecendo no setor.

Para se ter uma ideia, quem trabalha na Vila do Elmo, onde se situa uma empresa madeireira forte, no Alto Pacajá, está com uma pulga atrás da orelha. O motivo é a possível demissão de pelo menos 25 funcionários.decisão se apoia no fato de que os projetos de manejo não foram aprovados.

Enquanto a crise se amontoa, o Conselho Consultivo do Caxiuanã se reuniu, na semana passada, para tratar da licitação a ser concedida aos setores interessados na exploração das ricas madeiras existentes ali. Participaram dela empresários como Gilberto de Nadal, Helton Flores e também ONG’s de Portel. Para estas últimas, a cota de participação ficou em 18%, enquanto que empresários de diversas origens ficaram com 70%, os quais são oriundos de Melgaço, Breves e, logicamente, Portel.

Enquanto isso, os vereadores, juntamente com o prefeito, poderiam elaborar uma lei municipal para toda a madeira ser beneficiada aqui. A sugestão, inclusive, não foi minha. Foi do próprio prefeito Paulo Ferreira, nos tempos de campanha política. Tentei manter contato com a assessoria, mas não houve resposta, pois seria interessante saber se há alguma equipe trabalhando na elaboração de um projeto nesse segmento.

É imperiosa uma ação imediata no sentido de combater os prejuízos na economia de Portel.  Tanto é necessária, haja vista que empresários do setor estão a dispensar trabalhadores para atuar no esquentamento de madeira em toras. Ou seja, tais empresários combalidos financeiramente, colocam a madeira no pátio para, em seguida, retirar tal madeira em tora de novo. Assim, toda produção serrada se restringe num puro disfarce. Segundo consta, um dos empresários mais conhecidos nas redondezas da sede do município estaria recebendo R$ 10.000,00 por mês. Tal ganho seria no sentido de manter uma fachada, mas a madeira é levada para fora do município.

Na Cikel, as atividades estão paralisadas, dando sinal de vida apenas com os serviços no escritório e poucos funcionários que estão dando manutenção às máquinas. A exemplo da empresa acima citada (das redondezas da sede), esta empresa vê mais sentido de lucro na de madeira em tora do que serrada. O fator impeditivo é o custo do Selo Verde, que é muito elevado. Assim, com os custos nas nuvens, provocado pela elevação do dólar e pela estagnação do preço da madeira, a alternativa encontrada é se desvincilhar dos funcionários. De acordo com informações de moradores da vila, 80 funcionários foram remanejados para serviços de terraplanagem nas obras de Belo Monte, num contrato muito lucrativo. Enquanto isso, os donos, como o Manoel Pereira Dias, continuam trabalhando com extração, com dedicação à venda de madeira em tora. No entender desses empresários, o serviço fica mais enxuto, ou seja, há emprego de menos pessoal. 

A crise bateu tanto que tais empresários, para quitar dívidas, recorreram a pagamento de pessoal com máquinas, óleo diesel, gasolina e outros produtos. Entre esses, figura o empresário Josuel, dono da embarcação J. Junior. Com tráfego na linha entre a sede e localidades do Alto Pacajá, a empresa a Cikel expedia passagens para seus funcionários, chegando a possuir um débito tão grande que, para sanar, entregaram uma maquina como forma de pagamento, além de óleo diesel.

Parem de perseguir o blogueiro e trabalhem!

Nenhum comentário: