O que se pensava sobre o SINTEPP,
usado inclusive na tribuna da Câmara Municipal de Portel pelo vereador Enos
Perdigão, a entidade não teria credibilidade. Não foi o que se viu nas ruas e
nas escolas da cidade. As famílias aderiram ao movimento pela manhã deste dia
08. Mesmo após a secretária tentar diminuir a força da greve, com entrevista na
televisão para dizer que a greve é ilegal e que todos os alunos deveriam voltar
a estudar, ninguém obedeceu. A reação aconteceu.
O prefeito, sem ouvir os
queixumes dos apanhiguados que agem pela emoção, ouviu o grupo de assessores
mais intelectualizados e entendeu que a sociedade está mesmo do lado dos
professores. A manifestação aconteceu nesta tarde, quando o SINTEPP recebeu, às
14:10h, o ofício nº 062/13-GP, assinado pelo prefeito Vicente de Paulo Ferreira
Oliveira, no qual abre, finalmente, espaço para uma possível negociação. O
documento solicita da instituição uma comissão que esteja acompanhada de
advogado para as “providências de praxe”, conforme disse o prefeito no fim do
ofício.
No entanto, saliento que os
comentários da secretária Ana Valéria, irmã do prefeito, e do próprio gestor
maior do município, Paulo Ferreira, que destaca com letras maiúsculas que não
tem dinheiro, mas contraditoriamente afirma, logo em seguida, que paga assim
que houver determinação judicial. Ocorre, porém, que uma decisão judicial é
demorada, especialmente quando se sabe que em Portel não temos juiz nem
promotor. Hoje, chegou a Comarca de Portel o juiz Emanoel Motta, o qual
responde provisoriamente na ausência de um titular. Ressalte-se que o próprio
juiz esclareceu ao sindicato, em reunião hoje à tarde, que sua passagem é
breve, devendo permanecer pelo menos por uns dez dias. Agora chega-se ao ponto
que almejo intensamente: processos dessa natureza carecem do acompanhamento de
um promotor. E onde estaria tal representante do poder auxiliar da justiça?
Ao perceber que os professores e
demais profissionais da educação têm o apoio do povo, sabidamente os
conselheiros de Paulo do Posto estão certos, pois nunca se deve brigar
frontalmente com o povo, pois do povo é que político vive, embora não valorize.
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